quarta-feira, 29 de junho de 2011

Canto

Ontem estive tão ocupado na segunda metade do dia que nem tempo tive de vir aqui escrever.
A meio da tarde fui até Vila Verde beber um copo com um amigo e pôr a conversa em dia, foi uma conversa bastante agradável onde recebi as sempre confortáveis palavras de apoio e pudemos falar de tudo, do passado, presente e futuro sem rodeios. Como deve de ser.

Depois segui para uma reunião em Braga com um grupo de pessoas que pretende mexer com esta cidade, estivemos a tratar dos novos projectos em mente e posso adiantar que as coisas estão bem encaminhadas. Sinto-me orgulhoso por fazer parte de um grupo de pessoas não-comodistas e que não olham só para o seu umbigo. Nesta aldeia global o trabalho não deve ser feito só em prol de um mas de todos, só com um espírito interventivo e de cooperação se consegue fazer coisas boas onde muita gente sai beneficiada, pena é que grande parte dos beneficiados não fazem uma palha para as coisas acontecerem, esperam sempre que alguém faça por eles e não procuram sequer cooperar, estamos numa sociedade muito egoísta, as coisas não caem do céu enquanto apanhámos sol numa piscina, e depois queixam-se!

No fim de jantar fui tomar um café com uma pessoa maravilhosa que conheci nos últimos tempos. Fui busca-la a casa e parámos na bela e relaxante esplanada no jardim da da Casa dos Coimbras, as horas passaram num instante escondidas por entre as conversas animadíssimas que tive com uma pessoa possuidora de uma história de vida fantástica e uma alegria contagiante demonstrada por cada bela expressão do seu sorriso espontâneo que esbarrava no meu olhar. Cada palavra que soltava com a sua voz delicada eu ouvia deliciosamente como se fosse música para os meus ouvidos, recordando a primeira vez que a ouvi cantar, há dois meses atrás. Não satisfeito implorei que cantasse para mim, a tarefa revelou-se mais difícil do que eu esperava, porém, consegui fazer com que me prometesse que o faria no carro pois aí já ninguém iria conseguir ouvir aquela fantástica voz. A noite chega ao fim e as gargalhadas soltadas ao longo da noite penso que são um perfeito reflexo de que tínhamos passado um bom bocado.

Chegámos ao carro e deixei logo bem claro que não arrancaria sem antes ela cumprir o que prometera, ficámos por lá largos minutos enquanto ela tentava disfarçar a vergonha com a sua pronúncia sem nome, a maneira como olhava, sorria e tapava a cara com as suas mão suaves deixava-me antever que afinal ainda ia ser mais difícil do que esperava, já que ela só tinha cantado a pedido individual para duas pessoas, eu seria a terceira. Eis que olho para o jardim do Largo Carlos Amarante e vejo um lindo conjunto de rosas brancas, símbolo da paz e da pureza, não resisti a sair do carro e a escolher a mais bonita para lhe oferecer. Se até aí estava envergonhada, então nesse momento em que as ofereci só não se escondeu porque o meu carro não tinha nenhum buraco. Disse-lhe que agora que lhe ofereci uma rosa não podia recusar-se a fazer o que eu tanto lhe pedira, virei o meu rosto em frente, fechei os olhos e passados alguns segundos finalmente oiço aquele belo canto vindo de uma pessoa igualmente bela, ainda por cima uma das minhas músicas favoritas, portanto não resisti a meter-me a meio da música e cantar com ela a parte final, parecia um momento digno de um filme musical.

Depois de a deixar entregue em casa, começa a tocar a música Good Life dos One Republic no rádio do meu carro e só me interessava esta parte do refrão que eu cantei bem alto:
                                             Oh, this has gotta be the good life
This has gotta be the good life


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reconstruir

Who do you think you are?

Tinha dito que ia haver uma revolução neste blogue a nível de conteúdo, se calhar exagerei no termo que apliquei porque não vai ser nenhuma revolução no verdadeiro sentido da palavra, mas sim um olhar diferente, uma outra postura, um deixar de falar em certas coisas, sobretudo deixar de falar em quem não merece o meu tempo e a mínima atenção.

Tudo isto porque ultimamente (e finalmente!) tenho pensado mais nas pessoas que me me estão a fazer bem do que nela, já não ocupa o meu pensamento. Até porque me mentalizei disto que diz a música da Adelaide Ferreira "quem perdeu, foste tu só tu e nunca eu":

Perdeu o Homem (com H grande mesmo) que a iria amar sempre e como nunca ninguém o irá fazer, perdeu a maior dedicação e entrega do mundo que era possível existir por alguma causa, perdeu quem lhe seria sempre fiel, nunca a traísse, mentisse ou enganasse, perdeu uma família e grupo de amigos fantástico, perdeu quem estivesse sempre do seu lado e a apoiasse em tudo, perdeu quem lhe fizesse as surpresas mais inesperadas e os maiores sacrifícios por ela, perdeu com certeza alguém que faria de tudo o que fosse possível só para a ver feliz. Sim, eu fiz e faria isto tudo, mas deitou fora, dois anos da minha vida perdidos portanto.

Só fica um pequeno sabor amargo na boca porque senti-me usado como nunca esperei sentir. Antes de mim, tinha uma visão diferente sobre a energia nuclear, não tinha passado por muitas experiências, pouco ligava à cultura, não ligava ao desporto, mal conhecia a cidade de Braga, não conhecia os locais por onde agora vai levar o seu namorado a passear certamente, aprendeu muito comigo e até a levantei para a vida numa altura em que precisava de todo o apoio. É como uma andorinha que andou a alimentar o seu filhote mas depois quando este ganhou asas partiu e não quis saber mais. É como um fruto que está verde, esperamos que amadureça e até está bem viçoso mas depois vamos a abrir e está todo podre por dentro. Ou então é como algum objecto descartável que quando perde a utilidade se deita fora. Mas a ingratidão é assim mesmo.

No entanto sei que não sou nada de se deitar fora, sei que valho muito e como costumo dizer a brincar e ao mesmo tempo a falar a sério: Este mundo é imperfeito de mais para mim. Mas é nele que tenho de viver, como tal, no muito espaço e liberdade que com isto tudo ganhei para viver a minha vida, fui experimentando nova vivências,  passando por novos momentos e emoções, conhecendo pessoas fantástica e o mais importante de tudo, descobrindo quem realmente me dá valor e quem são os verdadeiros amigos que me querem ver feliz e me apoiarão sempre. Descobrir que afinal ainda sou mais do que aquilo que pensava!

Não foi o caminho que escolhi, puseram-me aqui sem contar, mas ainda bem pois o dela não merece nem mereceu cruzar-se com o meu. Será nele que irei caminhar e seguir a minha vida rodeado de pessoas maravilhosas e verdadeiras que felizmente tenho. Neste caminho, no meu caminho irei ser feliz, apanhando e guardando cada pedra que encontrar pelo percurso para voltar a construir o meu castelo, onde só uma verdadeira princesa e todos os guerreiros valentes poderão viver nele.

Agora há outras coisas que me movem e me fazem feliz, é a essas coisas que me vou amarrar.

Hasta!

domingo, 26 de junho de 2011

Mega

Ontem à noite fomos ao nosso coffee semanal, apesar de não termos parado em nenhum bar ou esplanada como habitualmente. Decidimos ir aproveitar o que restava do São João e como tal fomos passeando até ao Parque da Ponte e ao PEB dar uma voltinha numa diversão da qual não me lembro o nome mas que é muito porreira.

Hoje a minha amiga de longa data faz anos, aquela pessoa que eu considero a "best" pois em tantos anos nunca me fez nada que me desiludisse, sempre me contou tudo, nunca me mentiu e sempre me apoiou quando precisei. Então tivemos a ideia de quando passasse da meia noite irmos à casa dela. Foi só confirmar se estava em casa (estava na irmã , mas fomos na mesma), sair da zona das diversões, fui buscar uma amiga que já não via há muito tempo ao trabalho enquanto os outros foram andando para a casa da irmã dela. Não foi surpresa nenhuma porque eles fizeram muito barulho, quando cheguei já ela tinha vindo à janela, apenas ficou a fingir que nada daquilo se tinha passado. Mas não interessa, o que conta foi a intenção até porque nada daquilo tinha sido planeado.
Depois fomos para o terraço da casa e ficamos a conversar e a beber pleno (não me deram mais nada!) até tarde enquanto me estavam sempre a acusar de estar sempre a sorrir para o telemóvel! O que queriam? Se tinha piada era para me rir!

Agora vejam a historinha que eu inventei num email que enviei hoje à Mega Hits só para descobrir o nome de uma música, com este momento tão romântico eles vão-se derreter todos e respondem logo. Ainda se lembram e também criam uma espécie de concurso "envia-nos o teu momento mega" que tinha de ser passado ao som de uma música que tivesse tocado na rádio. Ahahah. Só ideias. Cá vai a comédia romântica:

Boa tarde,

Antes de mais quero dar os parabéns pela rádio identificar-me como um ouvinte assíduo dos vossos excelente programas e músicas.

O motivo que me leva a enviar este email é o seguinte: na madrugada da noite de São João eu e uma rapariga começamos a namorar, estávamos dentro do carro quando demos o primeiro beijo, o rádio estava ligado como é habitual no meu carro na mega hits. 
O que acontece é que não nos lembramos da música que estava a tocar e queríamos muito saber qual era, porque ficou ligada a esse momento. Já estive no "Acabou de tocar" que vocês disponibilizam no site mas infelizmente não da para ir ao dia pretendido, só até "ontem".
Queria então pedir que me enviassem a lista das músicas que tocaram na madrugada do dia 24 entre as 5h e 6h da manhã, porque também não nos lembramos muito bem que horas eram.

Conto com a vossa ajuda.
Muito grato pela atenção.

Cumprimentos,

Luciano Duarte

Fantástico. Ai deles se não respondem com esta história tão comovente!

sábado, 25 de junho de 2011

Cancelado

Hoje não vai haver post, ou melhor, o post vai ser este. Tinha aí uma coisa preparada para esmiuçar os bichinhos anónimos que gostam de vir para aqui chatear e com faltas de respeito (porque dar a cara não é para todos) mas devido a uns acontecimentos de ultima hora e como já não tenho tempo para preparar outro não vou publicar. Devido a esse mesmo contratempo  aviso que este blog também vai levar uma revolução a nível de conteúdo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Martelinhos

Bem, foi uma longa e animada noite, estou aqui com 4 horitas de sono porque na minha freguesia este é o santo padroeiro, portanto às 10h (hora da missa aqui) já estavam a deitar foguetes e depois não consegui voltar a adormecer (tenho muitos distúrbios de sono), muita sorte que eu tenho sem dúvida!

A tarde de ontem foi deveras atribulada. Tinha tudo programado: começar por ver as notícias do dia (obrigatório para mim) sem esquecer actualizações por fóruns, blogues e rede sociais, estudar para o meu exame de segunda feira, fazer uns upgrades nos projectos online, preparar as coisas para a habitual churrascada de São João cá em casa com familiares, e obviamente preparar-me para a grande noite. No entanto meteu-se uma coisa inesperada na programação, a pessoa que mais me desiludiu em toda a minha vida pôs-se a falar para mim e acabei por não estudar quase nada. Incrível como só me fala quando os assuntos dos posts do bandido são do seu interesse e/ou relacionados consigo, ainda por cima tornou-se impossível dialogar com ela, está tão diferente e a maneira arrogante como responde leva-me a crer que nem vale a pena qualquer conversa. E ainda se acha com razão! Enfim, passando à frente que não me apetece falar mais disto...

Comi como um tordo, churrascada animada, mas era hora de ir ter com os amigos e a partir daí... Noitada de São João! What else?
Aproveitei para me armar em turista e falar inglês para as pessoas, numa de gozo"ooh, you have a very nice hammer" dizia eu. Também criámos o G-TAG que será o concorrente do GVE, enfim, aproveitar e gozar a noite ao máximo, de todas as formas possíveis e imaginárias. Terminamos a noite a dançar numa espécie de discoteca ao ar livre na rua Dr. Gonçalo Sampaio organizada pelo TCC, ambiente excelente, um avé para eles. Ah, e o grito deste ano foi o TRINTA ****!

Ontem também conheci uma rapariga fantástica, ou melhor, já nos conhecíamos de um jantar de aniversário de uma amiga minha, aproveitamos para nos ficarmos a conhecer melhor já que da outra vez pouco tínhamos falado. Depois aconteceu uma coisa que me deixou estupefacto, disse-lhe na brincadeira o meu número de telemóvel, cada algarismo era uma martelada na sua tola, no fim ela diz-me "olha, decorei o teu número" eu mandei-a repetir então, e disse-mo direitinho. No fim da noite fui leva-la a casa, e por entre as animadas conversas voltei a perguntar-lhe o número (sem eu o voltar a dizer) e ela ainda o sabia, direitinho! Decorar o número nada fácil logo na primeira e única vez que o houve, fantástico não? Eu sei como ela consegue, mas isso agora é segredo.

Ao ir para casa, foi tempo de apreciar aquele que para mim é o mais bonito tom de azul do céu, o do nascer do sol, é um azul que só o vejo raramente, quando há assim grandes noitadas, e normalmente faz-me lembrar sempre bons momentos passados com ele como pano de fundo...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

São João

Hoje fiquei incrédulo ao ver o telejornal na televisão paga por todos nós, uns 10 minutos a falar no São João do Porto e não houve sequer um segundinho que fosse para pelo menos dizer (já só peço isto) que também se festeja em Braga, o mais antigo, original e tradicional São João do país!


Posto isto, deixo aqui estas pequenas quadras feitas por mim:

Oh meu rico São João
Um novo par tu vais-me arranjar
Mas se for para partir o coração
É melhor nem começar.

Embelezas a tua cidade
com luz cor e alegria
Satisfaz esta necessidade
De ser feliz por um dia

Olha aquele manjerico
Todo pimpolho e fanfarrão
Martelinho e alho porro
Também não falham o S. João.

Já sinto o cheiro a sardinha
Assada em braza de lume brando
Dá lá o vinho da canequinha
Para ver se eu me acalmo.

Sem jeito para quadras fazer
Por aqui me vou ficar
Com vontade e sem nada temer
O São João logo vou festejar.

BOM SÃO JOÃO!

Obrigatório ler!

Braga no seu melhor (mesmo)

"Ainda há gente interessante"

A Direcção de um Agrupamento de Escolas de Braga recebeu um email proveniente de um dos seus Jardins de Infância com o seguinte texto:

“Boa tarde, Sr. Director,
Gostaria de lhe dar a conhecer um gesto altruísta da Assistente operacional D. Deolinda da EB 2,3, que esteve a substituir a funcionária doente, quando esta esteve de atestado médico.
Ela soube que um menino do JI de Gualtar não ia fazer praia pela componente de apoio à família, por motivo de a família não ter dinheiro para suportar a despesa. A sua família tem carências várias, desestruturada, pais separados e a criança tem necessidades educativas especiais, com ausência de linguagem. Então, a D. Deolinda teve a iniciativa de pedir um patrocínio num restaurante que não sei o nome, da sua zona residencial, penso eu.
O restaurante pagou em cheque 90 euros, trazido pela D. Deolinda, o qual já foi entregue na Junta de Freguesia para pagamento da referida despesa.
As docentes do JI ficaram extremamente sensibilizadas com a solidariedade e altruísmo aqui demonstrados pela D. Deolinda e o referido restaurante do seu conhecimento.
Bem hajam!”

Perante este fato, a Direcção da mesma forma sensibilizada, decidiu encaminhar o e-mail a toda a comunidade escolar, a fim de que toda a gente soubesse do acto generoso desta colega.
Claro que muitos saudaram a atitude da colega e expressaram-lhe pessoalmente e seu agrado e apoio.
O caso foi comentado em todos os espaços escolares com rasgados elogios à funcionária, salientando a sua postura e o seu grande coração, considerando o acto como uma atitude singular na sociedade egoísta e materialista em que vivemos.
Só que uma escola é um pequeno mundo, onde todos sabem de todos e, na natural coscuvilhice, no bom sentido, as colegas descobriram que a história estava mal contada.
Afinal o restaurante só havia dado 50 euros dos 90 necessários para a criança frequentar a praia. Foi a D. Deolinda que, dos seus parcos recursos, e sem fazer alarde, deu os 40 restantes.
Ao saberem disto, imediatamente se gerou um movimento espontâneo e solidário entre funcionários e professores no sentido de se cotizarem e devolverem à D. Deolinda o dinheiro que havia dispendido.
Afinal, a solidariedade não é um acto isolado e neste mundo global ainda há gente interessante. Ainda existem teresas, sidónias, fátimas, conceições, anas, zé manéis, goretis, amélias, evas, elisas, eugénias, marianas, paulas e tantos outros, que olham o seu semelhante e se preocupam com o seu vizinho. Bem hajam.

O Adjunto da Direção do AEG,
João Manuel Tinoco"

in Diário do Minho, 23 de Junho de 2011
Retirado do Blogue do Dr. Ricardo Rio.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Importância

Hoje veio falar comigo uma pessoa de Vila Verde, tive oportunidade de lhe dizer e digo-o aqui também que era a pessoa que menos esperava que viesse falar comigo para perguntar como é que eu estava, me dar apoio e que me entendesse, foi das pessoas que conheci lá com quem menos privei, no entanto preocupou-se comigo após ler o meu texto de ontem.

Enquanto que em relação às outras pessoas com quem mais convivi, até agora ainda continuo à espera de uma palavra de apoio, de consolação - até neste campo fui enganado. E aquelas pessoas que me "ameaçavam" dizendo a típica frase que se diz aos namorados das amigas "ai de ti se lhe fazes mal, tens de te a ver comigo", é pena que não tenham aplicado o mesmo ao contrário. Ou se acham que o problema é/foi meu que pelo menos me dissessem que eu é que errei ou estou errado porque até agora ainda não houve ninguém que me dissesse isso, alguma coisa deve querer dizer...

A essas pessoas que até se faziam minhas amigas e não se preocuparam nem um bocadinho que me fizessem mal durante e após todo o processo de "despedimento", só queria que parassem 30 segundos, que perdesse 30 segundos da sua feliz vida e se imaginassem na minha situação, que tentassem sentir um bocadinho da dor que estou a sentir, certamente poriam a mão na consciência logo a seguir.

Porém, eu entendo que quem nunca passou por isto não consiga entender. Estava habituado a ter a irmã que nunca tive, alguém sempre presente na minha vida e preocupada comigo, alguém com quem desse aqueles passeios maravilhosos, alguém com quem fosse de férias, alguém que me fizesse feliz. Mas perdi isso tudo, perdi a minha alma gémea, perdi a outra metade de mim, perdi porque sim. Perdi num acto de egoísmo puro como eu nunca pensei que fosse possível algum dia experimentar. E acho incrível como pode existir quem encare isto como uma coisa normal, se tudo o que me fizeram é normal, ou eu não percebo nada disto ou simplesmente estou no mundo errado, no mundo dos animais irracionais que apenas pensam em satisfazer as suas necessidades sem olhar a meios, e mesmo esses, alguns têm mais consideração.

Se afinal eu é que não percebo nada disto, gostava que me viessem dizer onde é que eu errei, se com tudo o que fiz por alguém, toda a minha entrega e dedicação a uma causa fez de mim assim tão mau namorado, amigo e irmão para merecer tamanha desconsideração, tamanho tratamento abaixo de cão e tantas machadadas nas costas.

Juro que não entendo o porquê disto tudo comigo, eu que só quero o bem das pessoas, nunca fiz mal a uma mosca, sou sempre o mais sincero possível, e às vezes prejudico-me porque penso mais em ver os outros bem do que em mim. Contudo, sei que sou forte e um dia isto vai passar, quem aguenta isto uma vez aguenta a segunda.

Não quero terminar sem antes agradecer a todos os que já se preocuparam comigo e/ou me deram alguma palavra de apoio. Não sabem o quanto isso é importante para levantar o ânimo nem que seja apenas por breves instantes.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Merecer

Hoje, não sei como nem porquê, mas senti durante o dia todo um aperto, aquele aperto, está sempre presente mas há dias em que me sufoca mais, quase me asfixia por dentro e só peço que me deixe respirar.

Não percebo como ainda penso tanto em quem não merece e tanto mal me fez.
Mas este martírio perdura e não vejo maneira de ter fim. Tenho tanta saudade de quando acordava feliz, com um sorriso nos lábios e a vontade de viver enorme, do tamanho do amor que sentia. Deitava-me e dormia de igual modo embalado pelos sonhos da verdade que afinal eram mentira. Tenho saudades de tudo o que vivi e voltava a viver se tivesse a certeza (que tinha na altura) que seria eterno e não mais me enganaria.

Hoje até ao ver o tabuleiro das damas em cima da enorme mesa granítica da cozinha  me lembrei dos nossos jogos sobre ela, um de cada lado mas unidos pelas almas, pousávamos os cotovelos na pedra fria mas refrescante naquelas tardes de domingo logo ao fim do almoço, jogávamos e os meus pais olhavam felizes e orgulhosos porque tinham ganho uma filha, eu deixava-a ganhar muitas vezes, porque eu afinal só a queria ver bem, fazia tudo por ela até aos impossíveis, até me esgotar todo, até ao ponto de ter de entregar a minha vida porque pensava que estava seguro. Eu sou assim, quando confio e acredito numa causa entrego-me por completo a ela e agora falto-me a mim mesmo porque me roubaram, mentiram e enganaram com com todos os nós cegos que foram possíveis de dar sem piedade.

Custa-me a aceitar tudo isto, era tudo perfeito e belo, estava tudo bem estruturado com alicerces sólidos e uma base de apoio única. Tudo isto podia ter continuado ou pelo menos ter sido feito de outra maneira caso houvesse o mínimo de consideração da parte a quem dei tudo. Não consigo aceitar, procuro hipóteses para tudo isto ter acontecido mas não encontro, até podia querer liberdade para viver a sua vida, para as suas saídas e loucuras com os amigos, mas eu nunca a privei disso nem de nada, além disso foi-se logo espetar com outro.

O nosso amor merecia isto? Tudo o que vivemos nestes dois anos mereciam isto? Eu merecia isto? A resposta é não. Então porque fez isto? Porque é que quando começou a deixar de gostar de mim não fez o que prometera, que era contar, falar sempre sobre tudo se algo não estivesse bem?  Não é assim que tem de ser e ficou combinado logo nos primeiros dias da mais bela história de amor que este mundo alguma vez testemunhou? Faltou a memória? Porque é que quando se começou a sentir atraída por outro simplesmente não se afastou como eu me afastei de muita gente com quem ela não gostava que eu andasse? Para que eram aqueles ciumes então? E aquelas exigência que eu cedia sempre? Porque é que após uma semana de ter terminado já estava com o outro como se eu nada valesse e não esperou sequer que a poeira desta tempestade repentina acalmasse? Mas, e o respeito? E todos os sacrifícios? Não foi sequer capaz de fazer um sacrifício de esperar um bocadinho. Eu merecia tudo isto de facto. Eu, o nosso amor e tudo o que vivemos não mereciam o mínimo esforço, parece, só eu é que me esforçava, parece.

Também tenho a certeza de que andou a ser mal aconselhada, certamente lhe disseram que primeiro está ela e depois os outros - eu concordo totalmente, mas isso não implica faltas de respeito, mentiras, humilhações e fazer mal aos outros. Mas realmente, é bem melhor ir pelos caminhos mais fáceis e não lutar, pelo caminho da mentira, pelo caminho do fingir que está tudo bem. É mais fácil ir pelo caminho da cobardia e não ter de enfrentar as situações, pelo caminho da traição e acabar tudo com uma mensagem, como se eu fosse um objecto sem sentimentos que se deita fora quando perde o interesse ou a utilidade, sem eu ter direito à mínima palavra, à mínima consideração, ao mínimo esforço. Mas eu também penso que quem vai por esses caminhos são as pessoas fracas e espírito e sem valores morais. Eu não sou assim.

Dizia que eu era a coisa mais importante na vida dela juntamente com a mãe, que eu era o seu anjo da guarda, o seu suporte, a sua alegria, que lhe dava estabilidade emocional que era muito importante na vida dela, até na mensagem em que acabou comigo disse destas coisas mas por de trás de tanta mentira que eu fui descobrindo aos poucos, até descobrir que já tinha outro. Afinal essas palavras não passavam de demagogias que nunca são vistas na prática, afinal eu não era nada disso porque hoje estou aqui sem forças, hoje sinto-me fraco e derrotado, hoje sinto-me traído, enganado e humilhado, hoje sou eu que sofro e não vem um pingo de preocupação com isso, hoje é como se nem existisse para ela. Hoje sinto que não sou nada, apesar de saber que sou muito.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Piropo

Este foi talvez o melhor piropo que alguma vez dei a uma rapariga.

Diz ela: Olha, eu tenho é de te apresentar uma amiga minha que é fantástica, é uma rapariga muito atinada, super bonita, inteligente, simpática, muito fixe mesmo. Vais adorar!
Digo eu: O que? Vais-me apresentar a ti própria? 

Bandidinhos júniores ou aspirantes a bandidos, aprendam que eu não duro sempre ;) ahah


Agora aqui fica este lindíssimo videoclip "Windows and Courtains", mais música bracarense de qualidade, At Freddy's House, que vão tocar no B'Sounds (festa de São João para a juventude) a realizar na Alameda do 1º de Maio juntamente com outros bracarenses, Mundo Cão e Peixe Avião.

domingo, 19 de junho de 2011

Live

A noite de sexta foi só uma aquecimento para a de ontem. Começamos a tomar o cafezinho habitual, desta vez no recém inaugurado bolacha acompanhados por uma boa música de fundo e pelas frequentes conversas sempre animadas. Um passeiozito pelo mais antigo centro histórico de Portugal, fomos buscar um amigo a um restaurante, deixámos outra amiga em casa e terminámos a noite no PEB pelas diversões e a comer bifanas numa qualquer mesa do Parque da Ponte. Ou seja, uma noite banalíssima comparada com a de ontem até porque estávamos sempre a projecta-la.

Encontro marcado com a limousine às 10 e meia junto à bilheteira do Estádio AXA, estrategicamente para a mesma poder parar à vontade para tirarmos fotos ao momento que merece ser recordado. E para quem duvidava que seria mesmo uma limousine eu irei dizer: era bem melhor que isso!
Super chique e bem arranjadinha por dentro em tons de bege, possuidora de TV com leitor de DVD, PlayStation e Karaoke, umas colunas potentes como tudo, e o melhor de tudo, umas pessoas como nós lá dentro - a animação estava garantida portanto!

Mal entrei, a primeira coisa que reparei foi que faltava o champanhe, mas esse estava à nossa espera no Live: Chegámos! Pessoas a olhar para nós, éramos os convidados vip e vínhamos numa limousine ("olhem p'ra mim"), tempo então de encher o peito como se fossemos importantes e manter o nível (estive a noite toda a dizer isto xD).
O espaço é lindíssimo, decoração a fazer lembrar um bar na praia, funcionários super simpáticos (notando-se a falta de experiência normal dos primeiros dias), ambiente excelente, e com umas boas vistas (das duas maneiras vá!). Como éramos vips ficámos num local privilegiado (pronto não foi por isso, foi porque fui eu que o escolhi), para a próxima vamos à piscina!

Chega o champanhe, um brinde à amizade, comer Delírios Negros, muita conversa e brincadeiras, outras coisas que não convém dizer (para manter o nível do blog), enfim aproveitar ao máximo a noite e o espaço. Saímos muito satisfeitos e com vontade de repetir esta noite diferente, penso que é unânime.

Opá, sinceramente havia muito mais para contar, disseram-me várias vezes "tens de meter isto no blog" mas eu não me lembro de nada! Boa!
Ah, acabamos a noite no São João a comer bifanas again e a ouvir um bêbedo a cantar.
Shut the fuck up!

sábado, 18 de junho de 2011

Conversas

"Ora bem, o Braga, o Braga já não sei viver sem ele, é a minha paixão, o meu grande e eterno amor, o meu maior vício também, a minha fonte de loucuras, a minha alegria. O Braga é o meu mundo, o meu tudo, é difícil de explicar, é o meu Braga!"

Como houve alguém que gostou desta pequena 
coisa que eu disse, decidi partilhar :)











Quem em ti não vive, não te entende...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Limousine

Esta menina está à nossa espera para amanha xb


Temos também de começar a pensar em arranjar uma destas para a
nossa Summer Surf Trip :D

Arrepio

Só cá vim deixar este excelente vídeo.
Quem não se arrepia ao ver isto é porque não sentiu ou viveu estas emoções.
É caso para dizer a já mítica frase: "Quem não sente, não entende".


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Exames

Ora bem, isto de estar em retiro espiritual (bem que precisava) em casa para estudar para os meus queridos, simpáticos e amigos exames deixa-me com pouco tempo e pouca coisa para contar, e como não me apetece estar aqui a escrever novamente coisas lamechas, vamos lá a ser rápidos, simples, directos e concisos.

Em primeiro lugar, não admito mais faltas de respeito ao chamarem-me urso devido ao post de ontem, só identifiquei as minhas semelhanças psicológicas com ele, ai de quem se volte a atrever, hum! xD Mas vá, também sei admitir que já andei a fazer figura de urso para algumas pessoas, passando à frente...

Hoje cortei a barba (lá está, marcas psicológicas de me terem chamado urso) para ir a uma reunião importante a fim de tratar de um novo projecto que a concretizar-se provocará uma hecatombe na cidade de Braga de tão espectacular que é (lá estou eu a exagerar), e quem sabe ainda não fiquemos ricos. Para já está tudo no segredo dos Deuses, até porque não sabemos se será possível realizar-se. Por falar em projectos, o Acontece em Braga ainda com pouca divulgação pois não ando com tempo para tratar disso, já anda com uma média diária de visitas (as minhas não são contabilizadas) de 150 posts por dia, o que para a primeira semana a sério de vida é muito bom.

Calhou de chegar a casa e ligar a TV no Curto Circuito, para além da apresentadora ser a boa na zona da Diana estava a dar o trailer do DVD de uma comédia romântica que eu vi há uns tempos atrás no cinema, no tempo em que eu até gostava de ver esse género de filmes pois acreditava nas fadas e na pessoa que o estava a ver ao meu lado, passando à frente novamente...

Ao jantar umas barriguinhas assadas na brasa (podia dizer à lisboeta "entremeada" para ser mais chique) que bem que me souberam, a minha mãe é uma cozinheira que nunca na vida irei desperdiçar.

Pronto, é assim o dia de um simples estudante em época de exames.
Oh diário, eu sei que o que tu gostas é de coisas lamechas e cheias de sentimento, mas hoje não mesmo, talvez amanha, ou depois, quando me der na telha pronto!

Por isso, xau, até amanha, boa noite, beijinhos e abraços.

Oh diabo, isto afinal não foi nada daquilo que está a negrito, sorry -.-"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Urso

O bandido é como o urso deste vídeoclip.
Ando, corro, caminho. Perdido na própria solidão, por entre campos verdes de esperança, sem ninguém lhe dar a mão, encontro flores em todo o lado, tenho vontade de as apanhar mas não tenho a quem as dar.
Lá continuo a andar e a correr, à procura de um melhor lugar para viver e o cansaço demonstra-me que é sempre mais difícil subir que descer.
Paro e olho para dentro, vejo que nada sou e tiraram-me o alimento. Observam-me e escondo dentro de mim mesmo a vergonha, o cabisbaixo, a falta de força, finjo estar bem escondendo-me por de trás das coisas mais minúsculas e que toda a gente tem.

O meu habitat dos sonhos, da alegria, da felicidade e do bem estar, foi destruído tão rapidamente que não encontrei maneira de me salvar.
Refugio-me na minha cabana, neste momento sem cobertura, olhando para o horizonte como se isso aliviasse a dor que perdura.
Vou de novo à procura de alimento, mas este mundo traiçoeiro, cruel e sem cabimento vai-me roubando o pouco que tinha como se a culpa dos outros fosse a minha.
Cansado, mas ainda caminho por entre florestas sombrias porém belas, que continuam a querer destruir mesmo sabendo que também me destroem a mim que até gostava de sorrir.

Partilho sempre o pouco que tenho e valorizo o que encontro navegando por mares de ilusão sem abrigo. A energia está a acabar, como se para todo o lado que vou, eu devesse la ficar, com a dor a apodrecer comigo.

Mais uma excelente música/video dos Bracarenses Utter, não chega ouvir, é preciso sentir:

"There is no way you can beat me, I'm seeing the end!"

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Metade

Só redijo o que sinto,
neste blogue pessoal,
não escrevo o que minto
até na vida real.
Mesmo aí não engano
pois cedo ou tarde
acaba por cair o pano
que nos tapava o verdadeiro
que existe cá dentro, egoísta
e prepotente sem remedeio.
Assim eu também não sou
e também não quero ser,
estou bem como estou
dizia eu
antes disto acontecer.
Quero pedaço de alma
que me retiraram
com pouca calma
mesmo sabendo que assim
estariam a retirar a outra metade de mim.
Parece que isso não interessou
a quem a roubou
outra metade minha
da alma e do coração,
desiludiu a quem tudo lhe deu
e quem sempre lhe deu a mão.
Mas isso não lhe interessa
o prazer da carne
saciado tem de ficar
mesmo que isso possa magoar,
mas eu não vou nessa.
Contudo, o seu anjo,
vai sempre cá estar,
para a proteger
sempre que assim tiver de ser
e sem nada cobrar.
O dom lealdade,
humildade e sinceridade
em mim ficara sempre
eu sei que não o merece
mas assim manda a minha mente.
Neste momento
sou apenas metade de mim
porque sem consentimento
alguém quis e ordenou que fosse assim.
Apesar de tudo,
de tanto mal e mentira
quero apenas dizer para terminar
que não consigo deixar de a amar.

Há dois anos

Já recuperado da noite de ontem pus-me agora a relembrar que hoje festeja-se a típica noite de Santo António nos concelhos vizinhos de Amares e Vila Verde. Este ano que poderia ir à festa do santo casamenteiro a Vila Verde sem qualquer tipo de condicionante, simplesmente não vou porque o verdadeiro motivo que me levou há dois anos atrás a obrigar o meu pai a ir lá buscar-me no fim da noite desapareceu sem me deixar segui-lo.

Recordo-me perfeitamente bem da noite de há dois anos, ainda era o início de tudo, ainda estava a conhecer timidamente os primeiros amigos de lá, amigos esses que se tivessem mantido talvez hoje as coisas seriam diferentes. Lembro-me de estarmos sentados no muro junto ao parque infantil e ser apresentado aos amigos que iam chegando a conta gotas e que eu ainda não conhecia, lembro-me de correr as barracas à procura da t'shirt da sua banda favorita, certamente sou o único a lembrar-me, mas lembro-me de estar a andar de carrinhos de choque e encontrar dentro de um carrinho um telemóvel, ninguém queria saber e diziam-me para entregar aos senhores dos carrinhos (sabendo que o mais provável era eles apoderarem-se dele) , mas eu com a minha bondade não descansei enquanto não o devolvi ao dono, por entre muito barulho lá fui ligando para os contactos dele e marcámos um lugar para eu o entregar, na entrega descobri que o dono do telemóvel era o ex-namorado dela, o mundo é mesmo pequeno! 

Recordo-me perfeitamente de a ver a andar naquelas diversões meias malucas em que as pessoas andam de pernas para o ar e eu cá em baixo todo orgulhoso a ver a minha menina enquanto segurava nas suas coisas e conversava com os seus amigos. Recordo-me perfeitamente quando nos separámos do resto de pessoal para termos o nosso momento a dois pois estava a chegar o fim da noite para mim, invadimos um jardim de propriedade alheia e deitamo-nos na relva que estava húmida, a noite estava a ficar fria e amarrámo-nos enquanto víamos as constelações do nosso amor no céu e ouvíamos a nossa música que marcou Londres. Fui embora e no caminho para Braga fomos trocando mensagens, agradecendo a noite maravilhosa que demos um ao outro e proclamando que seria para sempre...

...Da minha parte era mesmo...

sábado, 11 de junho de 2011

Saga

Ontem fomos a banhos. Recomeçou a saga de verão dos ex-combatentes de Fafe 2009 e 2010 em que para o ano já podermos juntar o 2011. Espero e creio que assim será por muito tempo, seremos sempre os ex-combatentes do ano anterior, óbvio que existirão sempre alterações mas quem sente a verdadeira amizade o verdadeiro espírito destas vivências acredito que permanecerá sempre. Sem histerismos, sem necessidade de afirmação para aquilo que não somos ou dar nas vistas, sem espalhafatos, mas com discrição, calma, união e cada vez maior maturidade lá vamos conquistando páginas no livro das histórias que merecem ser escritas.

As habituais brincadeiras que nos fazem rir por muitos minutos e ter histórias para contar, as conversas sérias e outras mais a brincar em que procuramos sempre alguma palavra, acto ou expressão que possa dar "caso" de polícia ou de circo, as aventuras de sobrevivência de atravessar pântanos ou desertos, os jogos que só nós sabemos, as descobertas e a partilha, mergulhos por mares e rios de aventuras, corridas por florestas de animação e voos por terras ainda por calcar: Tudo isto fez, faz e fará parte. O dia de ontem não foi excepção, também já tinha saudades de uns valentes mergulhos numa água menos fria do que esperava e de uns toques de vólei numa areia mais quente do que contava.

Nada melhor para acabar o dia do que a nossa habitual saída nocturna semanal, por vezes bi ou tri. Desta vez fomos ver a Ressaca II acabando a noite a comer farturas na festa de Santo António dos Bravos da Boa Luz, noite animada portanto.

Este ano a liberdade resultante da capacidade de mobilidade inquestionavelmente superior levar-nos-á sem dúvida a emoções e aventuras a dobrar quer em quantidade quer em qualidade. Ideias não faltam e já estão a ser programadas, esta saga não terá fim e está um longo verão à espera do bandido...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Não me apetece

Epá, só cá vim para manter a média de um post por dia.xD

Hoje não me apetece escrever e também já estou cansado de teclar, isto de manter dois blogues sempre actualizados, moderar e dinamizar um fórum e duas páginas do facebook, participar noutros projectos online e ao mesmo tempo andar a par de toda informação necessária para tudo isto não é fácil! Não descurando a vida pessoal é claro!
Agora também descobri que já está disponível o podcast do programa da RUM que ontem transmitiu o concerto/showcase dos Utter e pus-me a rever, foi a gota de água para ter decidido que não iria escrever grande coisa hoje.

Também sinto que a qualidade dos meus posts tem estado a diminuir, é verdade, mas isto é consequência de muito trabalho com os novos projectos que estão a começar, conto para a semana já estar mais folgado e mandar uma boas "postas", se é que alguma vez as mandei - mas vá, o feedback até tem sido positivo e aproveito para agradecer a todos os que têm tido paciência para me ler, um dia destes fiquei parvo quando vi que atingi as 92 page views num dia :o sendo que este blogue tem pouco tempo e ainda não foi divulgado praticamente (não é que isso me interesse também) é muito bom mesmo. Quando criei o blogue foi por uma necessidade de deitar cá para fora o que pensava, de falar, nem que fosse com o teclado, mas é sempre bom saber que não estamos a falar sozinhos ou para as paredes :)

Agora vou preparar as coisas para amanhã:


P.S. Para quem não lhe apetecia até acabou por escrever muito, i'm sorry :D

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Jardim

Hoje fui à apresentação do nosso novo treinador, Leonardo Jardim. Treinador jovem, de pulso firme, ambicioso e com vontade de mostrar serviço, é com este treinador que espero que floresçam lindas e viçosas flores no nosso jardim, flores troncudas da força de uma legião, com gotas de suor a escorrer por pétalas que cheiram a vitórias e carregadas de paixão e conquistas.

Cerca de uma centena de pessoas na bancada poente para dar as boas vindas ao novo general, muitos aplausos e entoaram-se os primeiros cânticos para o novo treinador, entre conversas e bocas mandadas para a comunicação social, piropos e palavras de força para o presidente e treinador - este último, deu para perceber que é bastante tímido, reservado e que ainda não está habituado a este mediatismo, no entanto, esta legião sabe acolher e integrar todos os que lhe querem bem por isso não vai demorar muito para se sentir como um peixe dentro de água. O sotaque madeirense também é engraçado.xD

Nada melhor para acabar o dia do que ir ao concerto/showcase dos Bracarenses Utter na FNAC! De salientar que estes "meninos" estão a ter um sucesso incrível: A sua principal música está em 4º lugar no top da Antena3, 6º lugar no top da RUM, 4º no top do Sapo, etc! Têm dado muitas entrevistas e aparecido muitas reportagens deles em blogues e sites de música, e já participaram num programa do Canal Q (meo) em que gravaram algumas das suas músicas em acústico. Como é óbvio o concerto era ao vivo, mas parecia que estava a ouvir o CD, muita qualidade musical e grande voz. Fiquei ansioso por uma próxima oportunidade de os ver num local com uma melhor acústica e uma aparelhagem sonora potente. Auguro um bom futuro para estes moços, têm qualidade para isso... não obstante que infelizmente, hoje em dia, isso não é uma condição necessária nem suficiente para se ter futuro e sucesso. Basta ver a quantidade de lixo acústico que povoa as playlists das rádios... Força para estes bracarenses!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Kooks

Hoje sem grande tempo para escrever vim apenas dar uma boa notícia que me deixou em pulgas.
Só para dizer que em principio (quase de certeza mesmo) irei ao SBSR dia 14 do próximo mês ver uma das minhas bandas favoritas, The Kooks! Não desprezando claro está, os fantásticos Arctic Monkeys e todas as outras que irão actuar nesse dia mas toda a animação que um festival de verão nos pode proporcionar.

Estava a conversar com um primo meu com quem até nem me dava muito e no meia da conversa fico a saber que ele ia com os seus amigos pois uns são tolos pelos Arctic e outros pelos The Kooks, foi aí que surgiu esta hipótese mais que provável de ir com eles. Antes de jantar até me pus a rever uma músicas, já não os ouvia há algum tempo, enquanto ouvia deu-me um já esperado aperto na barriga porque para além de ser uma das minhas favoritas, é uma banda que me diz muito e marcou claramente um momento da minha vida, senti que perdi a coragem de os ouvir por causa disso, por isso venha um álbum novo.

Lamechices à parte, até já estou a imaginar algo parecido com isto, fantástico:

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Menina

Quero apenas apresentar a nova menina dos meus olhos, é com ela que me tenho mantido ocupado, está sempre disponível para mim e mantém-me sempre a par de tudo, chama-se Acontece em Braga, o único problema é que não fala, porque de resto porta-se bem.

Totalmente feito por mim (ainda em fase de melhoramentos), este projecto vem colmatar uma lacuna que sempre detectei no mundo cibernético bracarense. Sempre senti falta de um local simples, atraente e bem organizado onde pudesse encontrar reunido tudo o que acontece em Braga, os eventos do mais próximo para o mais distante conforme a data em que se realizam, não deixando de parte um menu por categorias, calendário e outras interacções. Desde eventos desportivos, teatro, música, concertos, dança, literatura, exposições, conferências, tertúlias, gastronomia, cinema alternativo, história, pintura, workshops, tecnologia, tenciono pôr lá tudo o que encontre. Como amante da minha cidade fiz isto com todo o gosto, espero que venha a ser uma ferramenta útil para todos, e que os leitores deste blog se sintam privilegiados pois estão a ser os primeiros a saber! Devem achar que sou meio maluco, mas eu tenho-me refugiado muito na cultura, para além de ser muito bom para crescermos intelectualmente ainda é dos poucos prazeres que tenho, mais uma pequena ou insignificante coisa para muitos mas a que eu me amarro com toda a força pois consegue distrair-me e fazer sentir-me vivo.

Já que falei em meninas, aproveito para fazer uma provocação às mulheres vá.
Não tenho culpa, não fui eu que fiz. Mas revoltem-se! :D

domingo, 5 de junho de 2011

Dança pá!

Ontem de tarde fomos ver o ultimo jogo da época em futsal, já que não há futebol tem de se matar o bichinho vermelho e branco de outra maneira! Era a primeira mão para apurar o campeão nacional de segunda divisão da modalidade, em que o campeão da série Norte (nós) defrontava o campeão da série Sul, ambiente fantástico, jogo emotivo mas o resultado não foi o esperado, perdemos 3-4, porém fica tudo em aberto para o dificílimo e decisivo jogo a disputar na mouraria. Aconteça o que acontecer, para o ano estaremos na primeira divisão para receber tubarões em nossa casa, esperam-se emoções fortes portanto.

Depois só tive tempo de ir a casa jantar, ver a primeira parte do jogo da nossa selecção nacional e vestir uma roupa mais rockeira para ir ao concerto de apresentação do novo álbum dos bracarenses Smix Smox Smux.
Inicialmente era para se realizar nos jardins da Centésima Página e iriam fazer gravações para o videoclip do single deste álbum, no entanto a trovoada e chuva que caiu a meio da tarde fez-lhes montar o equipamento no interior e a gravação ficou para outra altura.

Foi um excelente concerto num ambiente bastante intimista, praticamente só com as músicas novas e a muita animação característica destes 3 rapazes que convidaram 2 elementos dos já conhecidíssimos bracarenses Peixe:Avião em que um deles fez a vez do Adolfo Luxúria Canibal dos ainda mais famosos e consolidados bracarenses Mão Morta que não pôde estar presente para interpretar a sua participação numa música. O momento alto do concerto foi talvez quando cantaram a nova música em que a letra é unica e simplesmente isto: "Qué que tas a fazer pá? Dança pá!", agora imaginem isto com um ritmo de kuduro (que por acaso é o nome da música.xb), ficou um resultado excelente e dava mesmo vontade de abanar dizer aos que estavam quietos: "dança pá!" - dizem eles que fizeram esta música para tentar entrar no mercado lisboeta, Almada, cova da moura e etc, demais mesmo. No fim do concerto tinham os novos cd's à venda a metade do preço do que começavam a vender a partir de hoje nas lojas, eu como é óbvio fui buscar dinheiro ao carro e aproveitei para comprar o meu, até porque não sou capaz de fazer downloads de bandas bracarenses para ficar com as músicas no pc antes de ter o CD, há que apoiar o que é nosso!

Passei também pelo Vila para ver o ambiente, e estavam prestes a entrar em palco os também bracarenses Long Way to Alaska, mas não fiquei a ver, preferi vir para casa...

Só neste post referi 4 bandas Bracerenses com links! Digam lá se cá no burgo não se faz boa música!?!

Super

Sexta o dia começou mal mas acabou bem. Fiz um teste importante de matemática que me correu uma valente porcaria (o que me apetecia mesmo dizer era uns palavrões, mas aqui irei pautar sempre a minha escrita pela boa educação), embora eu já estivesse a prever tal coisa, quem não consegue estudar arrisca-se a isso, o que me revolta mais é que eu queria estudar, queria mesmo mas não conseguia, não dava, a cabeça não funcionava. Sinceramente já não sei o que vai ser da minha vida... Enfim, passando à frente...

Já a noite foi mesmo super. Fui ao jantar do superbraga! Foi excelente, num ambiente bastante acolhedor, deu para conhecer pessoas nova e fantásticas. É incrível como criamos uma "imagem virtual" dos foristas mas depois ao vivo alguns são completamente diferentes do que pensávamos quer pela maneira de ser, quer pelo aspecto físico. Quando cheguei aconteceu logo uma coisa engraçada, estou a estacionar ao mesmo tempo que outro tipo, saímos do carro, e como estávamos os dois vestidos à Braga percebemos que ambos íamos para o mesmo, vamos a cumprimentarmo-nos e ele diz "És o Duarte não és?" e eu "Sou. Conhecemo-nos?"  "Não, eu pela pinta é que vi logo que eras tu" - fantástico, posso dizer que foi logo o primeiro amigo que fiz ali.

Isso foi apenas um episódio do começo de uma grande noite, a conviver com o pessoal e a partilhar histórias incríveis: Um homem que deixa a mulher praticamente no altar por causa do Braga, outro que não falha um jogo do Braga há 25 anos e já fugiu do hospital para ir ver um jogo, muitas outras histórias mirabolantes e mais secretas, as deslocações e aventuras antigas de quando o Braga era ainda e apenas o Braguinha. Sorteios de brindes, e brincadeiras à mistura, como se de uma família se tratasse, ser superbraguista é isto mesmo. Ontem aprendi mais que nunca e estes jantares já se realizam há muitos anos, há pessoas que são do género "a velha guarda", espero daqui a muitos anos ser uma velha guarda também.

Do super jantar, para a super inauguração do Vila Braga foi um tirinho - a animação continuou aí, muita animação e o espaço é excelente. Quero deixar apenas uma palavrinha para as mentalidades mais tacanhas que ontem fizeram um pé de vento por o acesso daquela alameda ter sido vedado. Mas aquilo é uma rua? Alguém passa ali à noite? Já experimentaram passar e verificar o delinquência que andava por ali? É que para além de ser um projecto multicultural excelente para a cidade, ainda recuperaram aquele espaço moribundo, onde não se passava nada nem ninguém e o que se passava não era bom. Certamente estão a pagar o "aluguer" do espaço público como fazem as esplanadas. Sendo que a passagem só é impedida de noite e pelo projecto que é, eu se fosse presidente da câmara nem lhes cobrava nada! Já que não há investimento público, tem de se apoiar o privado.
Ah, e não sei se sabem, já há algum tempo que "Opera Karaoke", aquele bar nas galerias da Praça Conde Agrolongo também impede a passagem, tem a área interior e cá fora é explanada, fumadores, etc. Eu não tenho nada contra, são espaços onde ninguém passa à noite e contribui para a animação nocturna na cidade.

É por causa de gente assim que esta cidade não consegue crescer mental e culturalmente.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conversas de Bandido

Mãe do Bandido: Tens saudades dela? (foi o que eu entendi)
Bandido: Não (eu a fazer-me de forte)
Eu estava a dizer que eu tinha saudades dela.
Aaah, entendi mal, queres que a convide para vir cá jantar? Ahahah! (tenho disfarçado sempre o sofrimento com um riso falso e estúpido)
Eu não acredito que vocês se tenham separado...
Ai não? Porquê?
Tu não te desfazes das coisas dela que estão no teu quarto, a pulseira, a foto de fundo do computador.
Pois não, daqui a algum tempo vou começar a retirar aos poucos, não pode ser tudo de repente, para ser de repente já bastou o que aconteceu...
Eu ainda não consigo acreditar no que me contaste, pensei que não era a sério e que apenas tinham dado um tempo por causa desta fase que ela tinha de estudar muito e que depois iriam voltar. Vocês eram tão apaixonados, como dois pombinhos inseparáveis. (adorava quando a minha mãe me dizia isto há uns tempos atrás)
Mãe, é o que eu te contei, já te disse que acabou, ponto. ( e fui embora antes que se soltasse aquela lágrima prestes a sair, típica das crianças quando lhe roubam os sonhos)


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Quando escrevo...

...não escrevo por escrever.
Quando escrevo,
É uma forma de tentar libertar
Os meus pensamentos mais obscuros,
É uma forma de descarregar
Os meus pensamentos mais duros.
Como se cada corte
Que faço na minha alma
E que por vezes me acalma
E alivia a minha dor
fosse a resolução para tudo...
Reajo sempre
Como se fosse o fim do mundo.
Cada cicatriz que fica no meu corpo
E gravada na minha pele,
Tem um sentimento triste
Amargo e gravemente cruel.
Palavras...
Que são ditas ao acaso
E que denunciam
Um grande fracasso...
Disfarçado por uma grande vitória
E por falsos sorrisos
Que me saem do corpo
E não da mente.
Na minha cabeça
Se repete todos os dias
A minha estúpida história,
Como se o meu corpo
Se deixasse levar
E se entregasse à minha memória.
Quero livrar-me destes pensamentos
Que me enchem de tristeza e solidão,
Quero ultrapassar este momento
Pois só sinto na minha alma
Um forte trovão
Que me eletrifica todos os dias
E me corta como se ficasse
Sem coração.
Um corpo moribundo
Que existe por existir
E que vive por viver,
Ás vezes sinto-me
Sem vida e a morrer..
Sinto sempre
Que algo havia a fazer
E que isto não passa de um pesadelo
Que passará um dia
Quando alguém me vier dizer
Que tudo não passou
De histórias da minha cabeça.
Mas eu sei que tudo faz parte
De uma dura realidade
Que aconteceu de verdade.
Assim me engano todos os dias
Tentando-me convencer
Que já não há saída,
Que a solução
Virá um dia
Quando eu morrer.
Pois para sempre
Ficará no meu corpo
Um odor a podridão
Uma repugna disfarçada
Um nojo oculto
Um frio coração...
Tento desviar sempre
Todos os olhares de mim
Para não perceberem a minha tristeza.
Todos os dias
Morre um pouco de mim
Como uma flor que não é regada
E se torna feia
No meio de um lindo jardim.
Mas ficando sempre a esperança
Que amanha será um dia melhor
E que da minha cabeça
Desaparecerá
este triste horror...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Francesa

Ontem fui mamar uma francesa! Ok, eu sei que é feio dizer desta maneira, mas todos os homens dizem isto, dá um certo prazer especial que é difícil de explicar! Mas vá, eu como sou fofinho (ou não) vou dizer isto de uma maneira mais simpática: Ontem fui degustar um belo de um bife e linguiça com fiambre e outros condimentos dentro de pão de forma, banhado em queijo derretido e rodeado de um saboroso e suculento molho, acompanhado de umas batatas fritas estaladiças, uma francesinha portanto. Está melhor? Ficaram com fome? Também eu! Foi o que me aconteceu ontem, estava a conversar com uma amiga e quando ela me fala neste prato típico e originário da cidade do Porto deu-me um desejo súbito de comer uma, parecia que estava com aqueles desejos que as mulheres tentam fingir que é típico de quem está gravida. Pego na chave do carro e digo à minha mãe, "não janto em casa", e lá fui eu às francesas - sou viciado nelas!

Hoje em dia é assim, tenho de aproveitar sempre os pequenos prazeres que ainda tenho a possibilidade de gozar na vida, por muito insignificante que possam parecer eu amarro-me a elas, a essas pequenas coisas boas que aparecem, é um jeito de fugir da rotina, ficar bem e esquecer as amarguras por breves momentos. Sempre fui humilde, sempre soube dar valor às coisas e estima-las, sempre valorizei o que tenho e tinha, mas agora ainda valorizo mais porque sempre ouvimos dizer que quanto menos temos ou quanto mais trabalhamos para as obter, mais valor damos ao que possuímos, por muito pequeno ou insignificante que seja.

Ontem também descobri que existe um perfume chamado "Someday", alguém o anda a usar! Vejam a publicidade e descobrem logo porquê, é fácil para alguns.

Não incorporei aqui o vídeo para não poluir o Blog.