sábado, 30 de abril de 2011

Acordei, desmarquei, mas lá caminhei sempre a subir, um dever estava a cumprir.
Cheguei a casa todo molhado, espero não ficar constipado.

Sou um homem de fé, não tenho vergonha de o admitir perante uma sociedade que faz moda e se acha intelectual ao criticar a igreja que vai lutando pela igualdade de direitos sociais e ajudando os mais necessitados, sem ela acreditem que este mundo seria ainda mais cão - sem ofensa para estes queridos animais de estimação.

Após uma noite porreira no Mavy, junto daqueles que fazem algo por mudar o rumo das coisas nesta desleixada cidade, hoje de manhã acordo cedo para ir ao Sameiro a pé. Supostamente ia com alguns do grupo a que eu na brincadeira gosto de chamar "Grupo de ex-combatentes Fafe 2009&2010" (bons velhos tempos), porém, no dia anterior já eu tinha avisado que se o São Pedro se lembrasse de descarregar o autoclismo cá para baixo cancelava-se a caminhada/convívio ao Sameiro com paragem pela Sé e Bom Jesus e piquenique no fim, não queria ninguém doente! Mas eu vi-me tentado a ir, desde ha algum tempo para cá que tenho vontade de fazer este sacrifíciozinho, quer para "limpar" os meus pecados que com tudo o que está a acontecer devem ser mesmo muitos, quer para agradecer algumas coisas que eu pedi e me foram concedidas e estavam por pagar, quer por motivos morais que esta fé presente em mim me faz acreditar que tudo tem uma razão de ser.

No Bom Jesus acendi duas velas daquelas de meter moedinha, uma por mim outra por ela, porque eu também penso nos outros, não sou egoísta! Ha sensivelmente dois anos atrás essas velas tinham sido acendidas por nós, a chama era real e julgava eterna, hoje acendi-as novamente mas eram apenas alimentadas pela electricidade e pela minha esperança. Tenho fé que um dia se reacenda verdadeiramente e não seja tarde de mais. Mas sou o único a te-la...

PS. Como o pessoal se tinha mostrado animado e com vontade de ir, é só marcar outra vez e já vamos todos, se o tempo ajudar claro...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fogo

No inferno da pedreira vão morrer queimadinhos!

Ontem saí, tive a ver o jogo com uns amigos na ECS da UM e no fim ficámos por lá a ver um espectáculo espécie de "Mostra de talentos" de alunos do curso de medicina. Foi porreiro, deu para rir, conversar, brincar e distrair até tarde. Durante o jogo talvez metade braguistas metade lampiões, nada mau, pensei que ia ser pior, umas boquitas e umas brincadeiras tudo saudável e depois de um tempinho lá fora numa noite primaveril que nos convidava a não voltar a entrar, começam as actuações, há mesmo muito talento por ali!


Tudo porreiro e uma pessoa distrai e diverte-se, o pior é quando se chega a casa, é frustrante sentir que está tudo igual, é desesperante estar habituado a receber mensagens de uma pessoa a toda a hora e até comentar os jogos do Braga com essa pessoa mas nem uma mensagem há 3 dias, é angustiante estar a sofrer e saber que ha alguém por de trás disto contente com tudo o que se está a passar, é difícil aceitar que uns são felizes à custa da infelicidade de outros. Estou feito em cinzas, metia as minhas mão no fogo por ela, por nós, queimei-me todinho... Como é possível. Nem acredito ainda. É inacreditável o desprezo vindo de por quem um dia demos tudo. É inacreditável esta vida!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bastão

Ontem e hoje. Finalmente ando com uma coisa boa que não me sai da cabeça, o nosso Braga!


Ontem, após a aulita dos números e probabilidades de manhã, já muito eu pensava no jogo de júniores da tarde contra o velho rival desde que D. Estêvão Soares se desentendeu com D. Afonso II. 
La fui eu ver o jogo com mais dois Gverreiros, os do costume. Desânimo até aos 87 minutos de jogo, estávamos a perder mas demos a volta, vitória então para a equipa de júniores do maior clube do Minho. 


No fim do jogo dois jogadores do Braga e Vitória "pegaram-se" na saída para os balneários, como a partida foi disputada no campo da ponte a segurança não estava assegurada, os adeptos envolveram-se mas nada de mais. Quando já estava tudo mais calmo e os adeptos Braguistas cantavam à boca do túnel eis que aqueles senhores do bastão chegam e desatam a andar à bastonada batendo em tudo o que mexia, fossem crianças ou idosos. Era necessário? Não era preferível actuar de uma forma preventiva para os desacatos não terem acontecido em vez de desatarem à porrada já quando tudo estava mais calmo só para mostrarem serviço? Escolhem sempre o caminho mais fácil que passa pela cobardia de usufruírem do seu poder para descarregarem as suas frustrações pessoais nos outros.


Logo os jogadores mais crescidos do meu Braguinha, defrontam a equipa mais arrogante de Portugal nas meias finais da Liga Europa . Já não penso noutra coisa e o aperto na barriga já se apoderou de mim por completo. Com força, união, humildade e espírito Gverreiro vamos conseguir! 


Um obrigado muito especial para aquela pessoa que ontem à noite se "preocupou" comigo, teve coragem de falar, dar força, palavras amigas e ter paciência para me aturar. Ela sabe quem é. Obrigado MD.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Alma do Bandido

"Às vezes, quando a mágoa é enorme e sufoca, vegetamos em silêncio para que ela não nos coma. Fingimos que está tudo bem, rimo-nos de nós próprios perante os outros e até mesmo perante o outro que vive dentro de nós. Tornamo-nos espectadores da nossa dor. Afastamo-nos de nós, do que somos, daquilo em que acreditamos. 
No fundo estamos a desistir, como quem volta atrás porque tem medo do escuro, vencidos pela desilusão cansadas de esperar em casa que o mundo pare e se lembre de nós.
Mas o mundo nunca pára. Nada pára. A vida foge, os dias atropelam-se, é preciso continuar a vivê-los, mesmo com dor, mesmo com mágoa. Pelo menos a mágoa magoa, faz-nos sentir vivos."



Obrigado Margarida Rebelo Pinto por conseguires descrever por completo em tão poucas palavras aquilo que sou, faço e sinto neste momento.

Pensar

Passei o dia em casa, sem nada fazer, o trabalho me aguardava, mas faltava motivação e querer.
Enquanto trabalhava, a cabeça pensava, não era no trabalho mas sim em projectos que falho.

Peço desculpa aos meus leitores, se é que alguém me lê (mas vá, tenho ali uma seguidora.xb), mas este post vai ser muito pobre em conteúdo. Ora bem, eu não sei se os outros tiveram conteúdo, melhor, conteúdo há sempre, pode é não ser nada de interessante para as nossas almas se excitarem! Ontem passei o dia em casa, eu que até era uma pessoa que gostava de ter os seus dias sozinho em casa agora não suporto a ideia de ter de o fazer. Quando uma pessoa está sozinha tem tendência a pensar em tudo e mais alguma coisa, na vida, se estamos bem sabe bem pensar na vida, se estamos mal só queremos esquecer que esta existe, como tal, neste momento ficar em casa é das piores coisas que faço. Mas que posso fazer? Vou para o campo plantar batatas? Estaria sozinho na mesma e dá trabalho...

No entanto, nos últimos dias existe pelo menos uma coisa boa que vem ocupando o meu pensamento e assim a minha cabeça sempre consegue alternar um pouco o tipo de filme que está a ver, o meu Braguinha está prestes a jogar a meia final da Liga Europa e eu "passo o tempo a pensar que a hora está a chegar..." quero ir a Dublin e o nervoso miúdinho, tipico do "Quem não sente, não entende" começa a apoderar-se da minha barriga, amanha certamente chegará ao cérebro por completo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mentira

Hoje entendo, acredito e é verdade...

"Porque é que a vida nos fascina
Tantas vezes nos domina
Acreditar que no amor
Não se sente dor
Mas é mentira!"

JPP - és rei

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bandido Poeta

Março vs Abril


Quando o sinal aqui chegou
Quando o mês de Março começou
Eu olhei pra ti
Então eu entendi
A alegria estava de volta

E com amor já nada importa


E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram frutos do meu coração
Feitos de vontade e de paixão



Quando o sinal aqui chegou
Quando o mês de Abril começou
Eu olhei pra ti
Então eu entendi
Foi um sonho bom que já passou
Foi um bom bocado que acabou



Tinha esta flor numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi pra esta alma que apontou



Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Abril se vingou
Eu olhei pra ti
E então eu entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou



Quando finalmente eu quis saber
Se ainda vale a pena tanto crer
Eu olhei para ti
Então eu entendi
É um lindo sonho para viver
Quando toda a gente assim quiser



E então olhei à minha volta
Vi tanta mentira andar à solta
Que me perguntei
Se os hinos que cantei
Eram só promessas e ilusões
Que nunca passaram de canções



Tenho esta raiva numa mão
Tenho a minha vida noutra mão
Tenho um grande amor
Marcado pela dor
E sempre que Março aqui passar
Dou-lhe este poema para o ajudar



Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar.

domingo, 24 de abril de 2011

Causas

Braga a jogar, faz-me sorrir e festejar e na UM o futsal conseguiu subir para entre os grandes estar!
Assim o Bandido, mais contente ficou, mas chega a casa e começa a pensar no que foi e nada restou.

Mais uma vez acordei cedo, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a mesma que me tem vindo sempre nos últimos dias, por isso mesmo a vontade de acordar é pouca mas a de dormir é nenhuma pois os pesadelos também se tornaram uma constante. O que vou fazer? Pois, só existe uma solução, mas aí sei que iria fazer sofrer ainda mais gente, todas aquelas pessoas que realmente gostam de mim e nunca me abandonaram, é pelos outros que luto no dia a dia, por mim deixou de valer a pena se é que algum dia valeu, a vida tem-me demonstrado que não.

Logo pela manha jogava o amor que me é sempre fiel e que tenho a certeza que nunca me abandonará, o meu Braga é a minha paixão que resta mas a mais verdadeira de todas. Resolvi ir para o estádio a correr, se é que se pode chamar correr ao que eu fiz, de facto, o eu ter deixado de praticar desporto e a possibilidade de ter seguido quiçá uma promissora carreira por uma causa que já não existe fez-me dar o "bafo" a cada minuto, por isso chegar ao estádio demorou o dobro do tempo que esperava. Mas quando entrei naquele anfiteatro senti-me bem, afinal estava com a minha paixão.

De tarde essa mesma paixão que é o ENORME levou-me a assistir à ENORME festa que foi a subida de divisão do futsal, pavilhão da UM à pinha e cânticos que nos faziam sentir que a vida era aquilo, e quem dera que fosse!

À noite, copos, risos, conversas, amigos e uma Franziskaner para terminar. Fomos embora cedo porque era véspera de Páscoa. Foi um dia dedicado a causas - Braga e Amizade, uma é eterna, outra até agora não me tem desiludido e espero que assim continue. Tenho pena que outras causas eu tenha abandonado em prol de uma causa que me abandonou.

Acabei de relatar momentos bons, o problema é esse, não passam disso, momentos. Chego a casa e fico como acordei. Tudo igual.

BOA PÁSCOA!

sábado, 23 de abril de 2011

Tempo

Sem grande tempo, escrevo o que sai no momento e sobre o acontecimento.
Apetecia-me gritar, mas tive de me controlar, para mal também não ficar.

Acerca da procissão do enterro do senhor, que ontem, eu, bandido jovem e bem educado fui ver com os meus amigos, só me apetece fazer esta pergunta. Se os mais velhos não dão o exemplo de regras de bem estar, educação e cidadania aos mais jovens, quem o dará? Tudo isto por causa das velhas regateiras que se meteram à nossa frente enquanto esperávamos a encenação e ainda tiveram o descaramento de passar a dita sempre a tertúliar, rir, comentar e comentários racistas profanar. Enfim. Estive quase para lhes ir buscar uma mesa, cadeirinhas e um café, para se sentirem mais à vontade.

Ontem as ruas da cidade fizeram-me lembrar o São João. Também está quase.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sol(itário)

Após a noite em que ouvi o sol, tarde me deitei, mas de manhã lá acordei para fazer aquilo que ontem preguei.
Solitário la foi e veio, com a cabeça mais leve mas sempre com o devaneio. Um dia também há-de la ficar.

O sol é a quinta nota musical de um conjunto que tem o mesmo número dos dias da semana. Ontem não sei quantas vezes o ouvi nem quando o ouvia mas sei que gostei de o ouvir. Foi um espectáculo simples e bonito, mesmo como eu gosto, cantado por palavras sábia de quem já esteve exilado em França e agora nos faz pensar se um dia iremos ter fome ou vontade de comer. Quando saí daquela majestosa sala deparei-me com uma majestosa procissão, era a procissão «Ecce Homo» traduzindo "Eis o Homem" mas cá no burgo vulgarmente conhecida pela dos Fogaréus, os ponteiros andavam pelas 23:15 e eu pensava que já tinha acabado. La fiquei eu a ver a parte final.


Já no dia seguinte, hoje de manhã, acordei mais cedo do que o que queria, mais uma vez. Pensativo e como sempre observador la fui eu caminhando com o guarda-chuva até ao tosquiador, cabelo cortado, cabelo novo vida nova, oh não! É a mesma! Tudo isto, solitário.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Som

Saio hoje de manhã, mais cedo do que queria, para fazer o que fazem às ovelhas já o tosquiador dizia.
A marcação adiantou e lá para o dia seguinte ficou, por engano ou não, assim o tempo sobrou.


Antes dessa descoberta já tinha ido ao Theatro Circo levantar os meus bilhetes para o José Mário Branco, artista da revolução e da música de protesto, é logo à noite na mais linda sala de Portugal!
Após descoberta, desço então as escadas rolantes e ao lado esquerdo as capas dos jornais, mais uma vez aparecem desculpas para a derrota daquela equipa encarnada lá da mouraria.

Atravesso a Rua dos Chãos e vou pela rua sem nome onde por esta altura estão lá a trabalhar uns senhores a construir mais um bar/esplanada (é pena aquela zona não se transformar toda desta maneira!) que desagua na Praça Conde Agrolongo e lá desaguei, como sempre, observador da minha bimilenar cidade por estas alturas da Semana Santa mais cosmopolita que nunca. As previsões são de chuva mas nessa altura o Sol brilhava como antes brilhavam os sonhos de um criança em que ainda não lhe tinham roubado a felicidade. Como o tempo sobrava fui dar umas voltas pelas estreitas e graníticas ruas do nosso centro histórico em busca da descoberta mas fiquei-me pelo observador, notava algo diferente hoje, talvez o som clássico e calmo que entoava na instalação sonora da Rua do Souto decorada de roxo aliado ao meu estado de alma me tenham feito sentir isso.

La fui eu por entre ruas e ruelas ouvindo a música que me entristecia e os passos da multidão que me baralhava e aproveitei a proximidade da Sé para entrar e falar com aquela senhora que embeleza o símbolo do meu clube e o brasão da minha cidade. Essa senhora com quem eu falo muitas vezes esqueceu-se de mim, mas eu quero acreditar que não, que tudo isto tenha uma razão que eu um dia irei agradecer, sim, porque eu não sou ingrato!