segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Até ali ao lado...

Cinco meses depois de ter criado este local para expressar os meus devaneios, venho anunciar o fim deste meu amado heterónimo que me acompanhou durante alguns meses, a cela abriu-se para o Bandido...

Se há uns tempos tinha tempo para cá escrever todos os dias e às vezes até mais que uma vez devido ao meu estado de espírito de prisioneiro, hoje já não posso dizer o mesmo e daqui para a frente ainda será pior. Já não estava a conseguir escrever cá com a regularidade que pretendia nem com a qualidade auto exigida, sou o tipo de pessoa que ou faz as coisas bem feitas ou prefere não fazer.

A vida dá muitas voltas e é impressionante a rapidez com que esta nos foge das mãos por muito que não queiramos que tal aconteça. O "Bandido" marcou sem dúvida uma fase da minha vida, vida essa que agora é totalmente diferente para melhor, e como já o disse a algumas pessoas: ainda bem que o Bandido teve o seu fim, quer dizer muita coisa, ainda bem mesmo, o desejo é que nunca regresse, pelo menos nos moldes em que começou!

Gostei muito de expressar os meus sentimentos, relatar os acontecimentos e expor muitas emoções, foi sem dúvida marcante e enriquecedor. Não deixarei de escrever, vem aí um ambicioso projecto que não é só meu e poderão continuar a ler as minhas crónicas (entre outros autores) que serão no seguimento daquilo que eu vinha a escrever ultimamente. A seu tempo descobrirão.

Obrigado a todos os que me leram, mas especialmente aos que me seguiram e aos que comentaram, foram sempre uma motivação e em certos momentos uma força, vocês bem sabem.

Quem sabe um dia regresse e este Bandido volte para a prisão, mas espero profundamente que tal não aconteça novamente!

Até ali ao lado!

Diário de um Bandido 21.04.2011 - 19.09.2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Por um quadrado

Neste fim de semana fiquei todo contente ao ver um mal amado meu durante 3 dias na televisão por causa do congresso do PS que se realizou em Braga. Remeto-vos para o velhinho Parque de Exposições de Braga, frequentemente tratado e conhecido por simplesmente PEB.

Se eu sabia que a grande nave não tem condições acústicas nenhumas, então nestes dias ficou comprovado, o eco que se ouvia aquando as falas do José Seguro não engana: se não dá para discursos muito menos para concertos e assim não admira que os artistas prefiram ir para o Multiusos de Guimarães e quase nenhumas entidades queiram realizar cá eventos, os estado de degradação das infraestruturas também já é enorme.

Ao ver aquelas mesas e aquelas bancadas cheias também me lembrei de toda a potencialidade perdida para gerar movimento económico na cidade com a ausência de uma estrutura capaz de atrair estes grandes eventos. Não é difícil imaginar que os hotéis ficaram quase esgotados, os restaurante facturaram bem e o comércio registou maior movimento que o habitual.

Ao ver tanto aparato televisivo e o Mesquita la sentado interroguei-me se este questionou os jornalistas se agora Braga já faz parte do mapa de Portugal, ao contrário das semanas do São João, Braga Romana, Mimarte... pois as televisões não apareceram por cá.

Para terminar o fim de semana: festa minhota em Braga com a recepção ao vencido Gil Vicente e o programa da TVI Canta Comigo com o melhor cenário que alguma vez teve. É tão bom ver Braga por um canudo, mas neste caso é pelo quadrado (ou rectângulo vá) da televisão.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cavalos

Ontem recebi com tristeza a notícia de que acabaram os passeios a cavalo no Bom Jesus.

Acabaram com o canudo, depois acabaram com aquele enorme parque infantil, depois retiraram aqueles míticos bancos vermelhos para dar lugar à esplanada do hotel e agora acabaram com os cavalos. Daqui a nada so resta o elevador... E assim se vai a tradição. Espero que este problema seja resolvido.

Hoje após ver várias notícias fiquei com uma opinião ligeiramente diferente:

Por um lado perde-se a tradição. Por outro ganha-se maior higiene, limpeza e segurança naquela zona com bastantes estabelecimentos comerciais e restauração. Pelo que consta muitas vezes os animais eram mal tratados e se houvesse algum acidente não existia seguro.

Cavalos com regras e legalização parece-me a melhor solução para se manter a tradição.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Parque


Vista para o Parque e Capela de Guadalupe a Partir do
Miradouro do Sagrado Coração de Jesus na UCP.
Falta sempre o Guito! No entanto não sei se há algum erro na notícia, pois falam em apenas 90 mil euros para as obras de requalificação! Não é muito, a CMB está assim tão falida que não pode ajudar em por exemplo metade dos custos com a contrapartida de abrirem aquilo ao público? E fundos comunitários não se arranja? A igreja "sempre preocupada com a qualidade de vida dos cidadãos bracarenses" também não ajuda?

Tenho pena, um lugar tão belo ao abandono e agora nem sequer está aberto durante a semana porque a associação de reformados que zelava pela segurança e abertura do parque foi despejada de lá. Já para não falar que agora aquelas casas de ricos tapam a vista para sul.

Temos uma lindíssima área verde em pleno centro da cidade voltada ao abandono, aliando o parque ao valor cultural e arquitectónico da capela; e ao miradouro do Sagrado coração de Jesus situado no Campus Camões da UCP (talvez, o meu local favorito na cidade) conseguiríamos um ponto de atracção turística de excelência e uma nova dinâmica numa zona do casco histórico com grandes problemas de desertificação.

Intervenção e cooperação precisa-se! :)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cobra

Cobra que se alimenta de políticos corruptos foi descoberta no Brasil. Precisamos de meia dúzia delas cá em Portugal!

«Político é engolido por cobra Sucuri no Amazonas


Um deputado de Santa Catarina foi engolido por uma cobra Sucuri, na manhã desta quarta-feira (8), durante um passeio pelo Amazonas. De acordo com testemunhas, o deputado fazia um passeio de barco, bebia uísque e contava dinheiro de uma maleta, bastante feliz, quando foi surpreendido pela cobra. “Eu vi quando a cobra pegou, enrolou, e engoliu”, contou um pescador que estava próximo do local.

Após presenciar o ataque da sucuri contra o deputado, o pescador foi até uma comunidade buscar ajuda. Entretanto, ao invés de conseguir ajuda, conseguiu na verdade foi alavancar gargalhada do povo. “O povo começou a rir, e até bolaram no chão gargalhando, quando eu contei que o engolido foi um político”, disse o pescador ao repórter de G17.

A esposa do deputado foi informada do ocorrido na tarde de hoje. “Eu acho é pouco. Quem mandou ir esconder dinheiro no rio Este?, perdão no Amazonas”, disse a viúva.»

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fafe 2011

"Tudo aquilo que não mata, torna-nos mais fortes."


"RUM PAM «PAM PAM»"

Regresso

Depois de umas merecidas semanas de férias com família e com os amigos, o bandido está de volta aos calabouços.


sábado, 20 de agosto de 2011

Juventude

Braga, conhecida como a cidade mais jovem de Portugal e uma das mais jovens da Europa, uma das condições que lhe valeu o título e a organização da Capital Europeia da Juventude para 2012.

A construção desenfreada de prédios e loteamentos para habitação, sem o objectivo de oferecer verdadeira qualidade de vida à população mas com o resultado final de betão armado em cima de betão, novas zonas da cidade completamente feias, sem qualidade, monótonas e sem um plano de interligação das novas urbanizações entre si e o resto do burgo levaram a que o preço habitacional da cidade fosse inferior à média do resto do país. Este motivo económico associado à Universidade do Minho que apareceu activa há 35 anos levou a que os estudantes que para cá vieram morar devido aos estudos se fixassem pois encontravam aqui maior facilidade em comprar casa, arranjar emprego e até iniciar o seu próprio negócio.

Admito que esta política deu frutos, a cidade cresceu a olhos vistos, gerou-se riqueza e dinamismo empresarial interessante para a época. Agora os momentos são outros. Os problemas que afligem a nossa geração e as que se seguirão são bem conhecidos de todos os quadrantes da sociedade. A preocupante situação económica que todo o mundo atravessa, lança a dúvida sobre o futuro de milhões de pessoas, sendo a juventude um dos grupos mais afectados pela instabilidade que se vai apoderando do dia-a-dia. A nível local o panorama não é melhor. Como é sabido, em tempos de crise, sobretudo quando o planeamento é deficitário e quando a vontade é diminuta, as políticas de juventude são das primeiras a sofrer. Em Braga é isso mesmo que se verifica. Aos problemas gravíssimos que a juventude enfrenta, de que é bem exemplo a alarmante taxa de desemprego jovem, consistentemente acima dos 18%, junta-se a inexistência de uma ideia de futuro, não se vislumbra um lampejo de novidade. Ou bem que se repetem modelos e iniciativas desadequadas e anacrónicas, ou então nada feito.

Neste momento fórmulas antigas já não resultam, é preciso mais, os jovens merecem mais do que um título de Capital só para encher páginas de jornais com eventos propagandistas. Não compreendo como é possível ignorar o incentivo a programas locais de incentivo ao emprego e à criação de empresas através, por exemplo, do recurso à discriminação fiscal positiva dos jovens empreendedores. O que pode justificar que a reanimação do centro histórico e a aposta decidida no arrendamento jovem sejam injustificadamente adiadas? Para quando um Parque Tecnológico onde os empreendedores saídos da UM possam instalar as suas empresas a baixo custo e gerar emprego em vez de irem para o Ave Parque, que sendo no concelho de Guimarães as contribuições públicas (impostos, iva...) não contam como sendo de Braga e assim não contribuem para o orçamento anual da autarquia.

É preciso olhar para o futuro, são precisas medidas concretas e não apenas o apelido de capital da juventude, os jovens não vão viver disso. Esta cidade está repleta de jovens com inteligência, cultura, activos, dinâmicos e com vontade de viver esta cidade, como demonstramos nas comemorações do dia internacional da juventude há uma semana atrás:








segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mudança


Após pensar muito sobre isto, decidi que neste blogue deixarei de relatar episódios da minha vida pessoal, não é que o deixe de fazer em algumas excepções ou que até esteja subentendida noutros devaneios, mas deixará de ser certamente, o enfoque principal.

Assim sendo, passarei a optar preferencialmente por outro tipo de postura enquanto "Bandido" e noutro tipo de conteúdos, como reflexões pessoais acerca de diversas temáticas da vida, um olhar atento sobre a actualidade local, nacional e internacional, quem sabe algumas brincadeiras e até alguns pensamentos mais estapafúrdios. Teria mais interesse para o leitor a fórmula antiga? Provavelmente sim. Mas o que me importa é estar bem comigo mesmo e gostar do que faço, ter mais ou menos interesse, perder aqueles leitores que cá vinham para saber a minha vida, ter mais ou menos leitores, isso a mim não me provoca qualquer interesse pois não ganho nenhum dinheiro com isto, faço o que gosto e gosto do que faço, é o lema.

Até aqui tinha uma listinha de regras que definia alguns padrões da minha escrita e até do conteúdo da própria página, como por exemplo nunca me dirigir a ninguém nos textos na 2ª pessoa do singular, evitar ao máximo dirigir-me aos leitores, mas sim ao "Diário", etc... A partir de agora não existirão regras, passando a ser um blogue muito mais versátil, moldável e diversificado com o intuito de colmatar alguma perda de interesse. Resumindo, deixarei de tratar isto como um diário mas sim como um espaço onde irei falar o que me apetece, sem regras, sem obrigações nem compromissos.

Com esta modificação pensei se não seria mais interessante suspender "O Bandido" e iniciar um novo projecto numa nova página, mas o Bandido já é uma marca, agora é uma questão de nos habituarmos a este novo Bandido...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ilustres

Já que este bandido gosta de história, cá vai esta pérola que encontrei no farricoco acerca de... bandidos!
Agora percebi que ainda me falta muito, um dia talvez consiga ser como eles :D
(clicar na imagem para ampliar)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Inderrubáveis

Na terça fui pela primeira vez a Santo Tirso. Até aqui, dessa terra só conhecia de passagem as bermas da A3 e sem sair do carro até porque nem se o pode fazer. Parece banal, mas para mim era um dia muito especial. Deitei-me a pensar nisto e acordei com uma ansiedade que tinha aumentado exponencialmente durante a noite.

O coração palpitava pela emoção de um dia diferente, à descoberta de novos locais, novas pessoas, novas emoções. A saudade apertava (e ainda aperta) bastante e eu só queria que chegasse a hora de sair de casa, principalmente o momento de chegar ao seu castelo. Uma pequena vista de olhos no GoogleMaps foi o suficiente para eu decorar o caminho até ao número daquela porta, até àquela rua daquela freguesia que fica mais perto de Guimarães do que da sede do seu concelho. Duvidavam que eu conseguisse lá chegar sem me perder, mas o que é certo é que fui lá ter logo à primeira e sem pedir indicações a ninguém, apenas andei um pouco às voltinhas na cidade de Vizela, mas porque se lembraram de mudar o sentido de trânsito nalgumas ruas e essa alteração, por ser recente, ainda não consta no GM.

Custou-me muito fazer o caminho para lá das Taipas, a partir daí só me apetecia acelerar ao máximo, pois o cheiro a estrume típico da aldeia espanhola dentro de Portugal causava-me náuseas, e sabia que não adiantava fechar o vidro pois é o único lugar do planeta onde o mau odor se consegue propagar por superfícies sólidas, não sei como, mas consegue! Acabado de entrar na circular da aldeola ( se é que se pode chamar circular àquilo, primeiro porque está muito mal feita, depois porque as vias são apertadíssimas, e a finalizar aquilo não chega a completar um círculo sequer) começa a tocar na Antena3 uma música que amo, In the End dos bracarenses Utter e não consegui deixar de me emocionar sabendo que afinal o post em que eu me descrevi como sendo o urso do videoclip não era tão verdadeiro, a felicidade invadiu a minha alma e estava quase a chegar o momento que mais ansiava desde há quatro dias.

Daí para a frente como não conhecia o caminho, foi tempo de andar devagarinho, estar bem atento à estrada, às placas que iam aparecendo e de ligar o GPS da minha cabeça, normalmente não costuma falhar. Perdi-me um pouco em Vizela como já expliquei em cima mas consegui rapidamente encontrar a VIM e sair na sua primeira saída que dava acesso à freguesia que pretendia. Por entre ruas e ruelas consegui ir ter direitinho à que pretendia, tinha finalmente chegado e a partir do momento em que vejo a coisinha mais linda e que faz brilhar os meus olhos foi como se de repente entrasse noutro mundo, o nosso mundo, onde somos só nós, nada mais existe ou importa, tudo é perfeito, como sempre.

Como eu ali não conhecia nada, ela é que mandava. Levou-me a conhecer lugares lindíssimos que eu não fazia ideia existir, e fomos, por estradas desconhecidas, ter a outros que já conhecíamos. Depois da tarde "à conquista do mundo" fui conhecer a simpática família, um pouco envergonhado como é normal, mas tranquilo e confiante numa boa apresentação. Como já não era cedo, regressei pela auto-estrada, o sorriso estampado no meu rosto tinha ganho contornos mais exuberantes, assim como a certeza de que estamos a construir um castelo de base sólidas, onde um dia mais tarde iremos viver, inderrubáveis.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

À espera

Retirado do blog do NEMEC porque me identifico na perfeição com este devaneio, aqui: http://nemecrui.blogspot.com/2011/08/espera-do-recomeco.html
À espera do recomeço








"Sinto no peito algo que não defino.
Não por não querer, mas por não ser capaz,
Por não me sentir suficientemente audaz
E quando tento explicar sai algo sem tino.
Sinto bolas, sinto golos, sinto abraços,
Explosões de alegria que me seguem os passos.
Tenho sonhos, tenho ilusões,
Tenho a crença que ainda seremos campeões
Se para baixo não nos empurrarem
Os senhores que no futebol mandam,
Para se satisfazerem e se vangloriarem,
Mas que ao longe a vigaristas tresandam.
Temos de lutar contra esta espécie,
Unidos e com as nossas armas prontas,
Deixar de lados as batalhas tontas
Entre aqueles que a nós pertencem
E que apenas de algum fervor carecem.
Se somos família dentro da muralha
É contra os de fora nossa batalha.
Contra quem nos destrói o sonho
E esses sei que não são Braguistas,
Por esses ponho as mãos no fogo
Pela certeza de serem bairristas.
Para a nova época estamos prontos
Derrotaremos quem nos acha tontos,
Até não poder-mos mais, iremos marchar!
Quem comigo se vai alistar?"
Daqui: http://nemecrui.blogspot.com/2011/08/espera-do-recomeco.html

domingo, 31 de julho de 2011

União

Atentando à imagem: "Todos diferentes, todos iguais"
(o resto da interpretação fica ao critério de cada um)


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cores

Sinto-me livre, sinto-me eu. Furando cada onda do mar, saltando cada barreira, atravessando cada montanha repleta de natureza, biodiversidade, risco e aventura. Reencontro-me comigo mesmo, na superfície da felicidade, demonstrada em cada sorriso esboçado no meu rosto com lápis de cor.

O preto e branco deu lugar a alegres e viçosas cores, repletas de loucura de um eu até então desaparecido há muito tempo. Já ouvi muita gente a dizer, uns mais directos que outros, que ela me trouxe de volta, mas penso que não me trouxe de volta àquilo que eu era há uns meses atrás, trouxe-me sim de volta para o que fui há muitos anos atrás e não me lembro, ou então por não me lembrar é porque nunca o cheguei a ser.

Estou alegre, vivo, mexido, criativo, dinâmico, com vontade de viver e fazer viver. Os lápis de cor não serviram apenas para esboçar o meu sorriso, também me coloriram, por dentro e por fora, pintaram a minha alma de outra cor bonita mas que desconhecia, coloriram os meus pensamentos maus em algo bom, fizeram florescer o que de melhor havia em mim, os momentos diferentes, a irreverência, as emoções, as loucuras, a vida. Uma vida colorida e a levitar.

Está no meu coração no início de todas as manhãs, não posso negar que está até ao fim do dia, e a noite também é sua nos mais belos sonhos que alguma vez tive. Completa-me, rouba o meu fôlego, é imprevisível e quando está nos meus braços não importa o que fazemos, não existe mais nada, o mundo é nosso e belo à nossa maneira e isto fascina-me até à lua e da lua até aqui.

Sem dúvida que veio colorir a minha vida, eu quero colorir ainda mais a sua e juntos vamos colorir ainda mais o nosso mundo com as tintas que só nós temos e sabemos usar.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Há um ano

Relaxem, nestes dias recebi muitas mensagens, emails e até ameaças por não haver posts (estou a brincar.xb) - O Bandido não foi apanhado, simplesmente foi de "férias" e não conseguiu vir aqui escrever durante uma semana.
Um semana muito intensa, muitos acontecimentos, momentos vividos, emoções sentidas que serão reflectidas, sorridos partilhados e por vezes roubados, pestanas fechadas a querer dormir, olhos arreguilados para melhor discutir, toques com história ao som de memória, atitudes, o certo, o errado, o bom, o mau, o apetecível e indesejável, para mais tarde recordar, para não voltar a repetir. Muita coisa em apenas uma, uma semana de muitas coisas.

Fez hoje exactamente um ano. Quem sente verdadeiramente sabe que dia foi hoje há uma ano, sabe o que viveu e o quanto se emocionou. Impossível eu esquecer! Era um dia tórrido, daqueles em que só nos apetece meter dentro de um frigorífico, o céu avermelhado e nublado de fumo devido aos muitos incêndios que se deflagravam nesse dia (tal como hoje!), a cidade cheirava a estrelinhas (sim, aquelas estrelinhas) pela primeira vez, a dúvida permanecia pela manhã se neste jogo já iria haver hino e se a decoração ia ser de estrelinhas (sim essas mesmo!). Ai aquela ansiedade...

Previa-se uma invasão de escoceses. Tinha combinado com uma pessoa na altura importante para mim, para de tarde irmos para a cidade conviver com esses senhores e aproveitar o ambiente fantástico. Topava-se ao longe quem eram eles, estavam espalhados por todo o lado, entoavam cânticos, bebiam, vestidos com t-shirt's às riscas verdes e brancas horizontais a fazer lembrar uns meninos lá da mouraria, pele cor de lixívia, barrigudos, com  bochechas vermelhas e não era devido ao calor nem ao reflexo das outras t'shirts que eles pensam fáceis de domar.

Sentámo-nos na esplanada do Astória para beber um delicioso granizado (ao tempo que não bebo um!), e pouco tempo depois aparece a TVI a fazer entrevistas aos adeptos do Celtic: enquanto uns falavam os outros cantavam no plano da câmara, e eu abraçado a eles a cantar também. O repórter depois também queria entrevistar um adepto do Braga, e quem é que ele foi escolher? A mim! Lembro-me de lhe falar acima de tudo, acerca do orgulho que era para a cidade e clube estar a disputar um jogo daquela mais importante competição de clubes pela primeira vez. Para terminar perguntou-me qual era o prognóstico para mais logo, eu, com um optimismo moderado pois iríamos defrontar um grande equipa habituada a estas andanças, disse-lhe que iríamos ganhar por 1-0 e que marcava o Alan, e não é que aos 25 minutos de jogo esse mesmo jogador pôs mesmo o Braga a ganhar 1-0 através de um golo de grande penalidade? Mas ainda bem que depois o meu prognostico correcto não se manteve pois entraram ao longo do jogo mais duas bolas na baliza dos forasteiros.

Do centro da cidade para o estádio, apanhei o autocarro que ia para Vila Verde e saí na paragem da rotunda da confeiteira, lá fui caminhando, agora sozinho, debaixo de um calor abrasador, muito movimento, carros, bandeiras, as pessoas rumo ao sonho que quase um mês mais tarde se viria a tornar realidade. Encontro-me com os amigos do costume. Entro no estádio, cadeiras com aplaudidores e rolos de papal higiénico, não era para as limpar, mas sim para fazermos pela primeira vez naquele estádio a bonita coreografia de atirar os rolos e estes desenrolarem-se pelo ar, ficou um efeito fantástico, mágico sem dúvida.
Começa o jogo, berrava-se fortemente BRAGA, com uma intensidade pouco comum de assistir, tenho noção que fizemos mesmo muito barulho, transpirava de nervos, emoção e garra querendo empurrar a equipa para o objectivo, a camisola do Braga vestida colava-se ao meu corpo e o meu coração colava-se à esperança de um sonho comum.
O resto já todos sabem, era o início, apenas o início...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Estatísticas

Neste mês saíram os primeiros resultados dos Censos2011, o cenário é preocupante com a cada vez maior desertificação das zonas do interior do país e os centros históricos das áreas metropolitanas continuam a perder residentes, no entanto gostei de ver que Braga foi o segundo concelho do país que mais população ganhou, à sua frente ficou apenas o concelho de Cascais. Consolidamo-nos assim claramente e cada vez mais, como a 3ª grande área metropolitana do país.

Eu que adoro estatísticas, hoje - dia em que o bandido faz 3 meses de existência online - lembrei-me de fazer uma ligeira análise às do blogue.
À data em que escrevo este post, estão contabilizadas 4396 "page views", (sendo administrador as minhas não são contabilizadas) o que faz uma média de 50 por dia, números que para apenas 3 meses de existência e visto que não há divulgação em lado nenhum para além do meu facebook que até está em privado, agradam-me bastante.

A nível de fontes de tráfego, como seria de esperar a principal é o facebook, segue-se os que acedem ao bandido directamente, depois o google português e a seguir o google brasileiro. Já recebi visitas através do hotmail/msn o que significa que o link do bandido já foi enviado através de mensagem no msn ou email. Neste mês também já recebi algumas visitas através do facebook mobile, é sinal que já há gente que não aguenta muito tempo sem vir ao bandido, vão de férias, acedem ao face pelo telemóvel e depois vêm cá ter, fazem bem :)

Neste quadro apresento os principais países de onde provêem os visitantes, e browsers e sistemas operativos usados pelos bandidomaníacos. Hum? Até já cá vêm através do iPad, sinto-me orgulhoso. Ahahah. Também gostava de saber o que é que os índios vieram cá fazer. -.-"

(Clicar na imagem para ampliar)

Para terminar esta pequena análise, deixo o top de posts que foram abertos individualmente. Não é novidade nenhuma que todos estes posts tenham sido alvo de comentários: se assinala que foram comentados os leitores automaticamente vão abrir-los para os ver, perfeitamente natural. Engraçado que os textos que mais gostei de escrever não constam deste TOP10.


Por último, quero agradecer a todos os que têm cá vindo ler o que escrevo e comentar ordeiramente, é sempre bom saber que não "falamos" para as paredes e receber também algum feedback em relação ao que vai sendo publicado. Enfim, o Bandido já se entranhou em mim de vez em quando até já me chamam este nome pessoalmente. Obrigado e continuem a cá vir :)

Lavar

Dei uma cortadela ao meu cabelo. A mulher, toda ela simpática, bem disposta e algo atrevida, com as suas tesouras bem limadas cortou (muito) mais do que eu queria, ficou mesmo curto, não gostei, detestei e apetecia-me vir embora sem pagar. No entanto, até agora, toda a gente me disse que me fica bem este corte, não sei se hei-de acreditar ou se estão apenas a ser simpáticos. Seja como for, agora está feito e assim também é melhor por causa do calor, por falar nisso: qué dele? Estamos em fins de Julho e este ano parece que o Verão não quer nada connosco, só espero que quando o calor vier não seja para "matar" tudo. Voltando ao tema inicial, aproveitei o lanço e também cortei a barba, se por um lado com estes "cortes" pareço mais OMEM (contínua a estar bem escrito.xb), por outro também fico com carinha de miúdo, pareço um puto, qualquer um dos lados acaba por ser bom.

Dia de sair com os best friends, uma noite algo orvalhosa mas com uma temperatura agradável que não nos demovia da vontade de sair de casa e estarmos juntos para mais uma das típicas noite de diversão. Antes do encontro no sítio do costume há hora do costume, jantei fora, dei uma das minhas voltinhas que adoro fazer sozinho à descoberta de pormenores e panorâmicas fantásticas da minha cidade. Fiz a troca dos nossos lugares anuais pois até aqui íamos e víamos sempre todos juntos os jogos do enorme apesar de estarmos em lugares separados, assim a situação já está regularizada com as nossas cadeiras mágicas todas juntas, para unidos voltarmos a viver mais uma época de grandes emoções.

Já reunidos, só tive tempo de os cumprimentar e devolver os cartões. Segui logo com a best para irmos buscar uma amiga que chegava de Lisboa à central de camionagem nessa noite, pelo caminho pusemos em dia a muita conversa em falta. A tal amiga chega, os normais abraços de saudade, mete as malas no meu carro e segue connosco para junto dos outros. Já todos juntos novamente decidimos ir até às animadas noites de verão no AutocarroBar na ponte do Bico. Para terminar a noite, nada melhor do que umas conversas sentados na relva, junto ao rio enquanto se ouvia a música que passava no bar do outro lado do rio, só faltava uma fogueirinha. E alguém me vai lavar o carro!!!

domingo, 17 de julho de 2011

Verdade

Só peço o verdadeiro
Coisa rara hoje em dia,
Eu que tento ser cavalheiro
Não aguento com hipocrisia
Que me ilude e me afasta
Sem qualquer ideia nefasta.
Preso na minha cabeça
Estão pensamento inseguros,
Não em relação a mim
Porque eu nasci e morro assim
Mas por detrás de outro muro,
Que eu não consigo espreitar
Nem existe essa capacidade
De a certeza que apuro
Ser verdade a detectar.
Medo foi o que a vida
Que por meramente esquecida
Me obrigou muito a ter
Como algo incontrolável
Mas que um dia irei perder.
Um dia virá até mim novamente
A segurança que existia
Basta dedicação e verdade
E eu direi irreverente:
Era uma vez um homem que temia...

Sou verdadeiro e necessito que o sejam sempre comigo.

sábado, 16 de julho de 2011

Parabéns!*

Era o seu dia de aniversário e não podia deixar de estar com ela, tal pensamento na minha cabeça dava-me a volta ao estômago porque para mim, as pessoas são sempre o mais importante de tudo! Como tal, vendi o meu bilhete e lugar no SBSR para ver os The Kooks, mais oportunidades virão com certeza. Não me arrependo de o ter feito, nem um bocadinho. Depois do dia de quinta era impossível existir tal sentimento e a palavra que ouvi ontem de manhã fez-me ter a certeza que até foi das melhores opções da minha vida até ao momento.

Passou a meia noite comigo, fui o primeiro a dar-lhe os parabéns, vimos as estrelas, dançámos, rimos, pulámos e bebemos uns copos. Soltámos a criança que há dentro de nós sem medo nem complexos, a noite era para a diversão e a felicidade da nossa união estava estampada nos nossos rostos. Não fomos tarde para casa porque de manhã tínhamos de nos pôr a pé cedo para a segunda parte da minha prenda de aniversário.

Acordei bem cedo para planear e preparar as coisas, queria que tudo saísse perfeito, mesmo sabendo que esse adjectivo na realidade não existe, luto sempre por ele, para mim e para os outros . O sol radiava bem forte e a temperatura já incomodava de tão elevada para aquela hora do dia. Encontrámo-nos e era então o início do dia mágico em que vimos a vida e o mundo de uma panorâmica diferente, percorremos lugares únicos e encantados, dignos das mais belas histórias de príncipes e princesas que eu apenas e só quero proporcionar às pessoas especiais. Sentia-a muito feliz não só com o que vivia naquele dia mas com tudo, eu também estava pois a minha maior felicidade era a de saber que estava fazer sentir-se assim.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Acreditar

Há uns tempos atrás, no post "São João" escrevi umas quadras, uma das quais foi esta:

"Oh meu rico São João
Um novo par tu vais-me arranjar
Mas se for para partir o coração
É melhor nem começar."

E não é que sem contar me arranjou mesmo? :D

Atendendo agora aos dois últimos versos, visto que a 08.07.2011 às 01:01h com a "Angels" como música de fundo, começou esta bela história e se a quadra continuar fiel aos acontecimentos, também não vou partir o coração. Eu acredito num bom e bonito futuro à minha frente. Temos sempre de acreditar.*

Agora tenho de ir lá deixar uma esmolinha e agradecer por ter posto aquela estrela brilhante no meu caminho a partir daquela que era a sua noite :D


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Juntos

Foi uma "Last Friday Night" mais longa do que estava à espera, pois começou mais cedo e acabou mais tarde do que previa.
Apenas com uma hora de antecedência e sem nada contar, fui convidado para jantar fora com uns amigos lá para os lados da UM (parece que agora vou parar muito tempo naquela zona que eu não gosto nada, mas ainda  bem, é por bons motivos). Fui buscar a princesa a casa e lá fomos para o jantar, no qual, comi talvez o pior hambúrguer no prato da minha vida.

No fim do jantar, abandonei as pessoas com quem estava para ir ter com os amigos dos facões, a única parte da noite com a qual contava e já estava marcada à muito. A ideia original era irmos até ao Festival de Gastronomia e Artesanato que decorreu durante toda a semana no Parque da Ponte, desfrutar do ambiente e das bandas, beber umas ginjas e provar algumas especiarias, era para ser uma saída de grupo diferente, porém o São Pedro pregou-nos uma partida e quando lá chegámos o certame estava encerrado devido à chuva. A alternativa mais próxima foi o Bar do Lago, localizado nesse mesmo local, onde passámos um bom bocado de conversa.

Mais tarde decidimos mudar de local, não há nada como a animação e beleza do nosso centro histórico, foi para lá que nos dirigimos. Sentámo-nos numa esplanada, bebemos uns copos e continuamos com as sempre animadas conversas, partilhas e brincadeiras. A noite caminhava para a madrugada e decidimos ir embora, fui levar duas carneirinhas a casa mas eu não fui para a minha - regressei à zona da UM, a princesa me aguardava.

Não quisemos ficar por lá, preferimos ir para um lugar mais calmo só os dois. Como já era tarde não me meti a ir para longe até porque o que importava era estarmos juntos, fomos então até ao jardim/parque verde de Lamaçães. Ficámos por lá, horas, horas e horas até que eu cheguei a casa quase com o sol a nascer e mesmo assim fomos embora contrariados. Quando se está tão bem nalgum momento e lugar a vontade de vir embora é muito pouca, e nós estávamos bem um com o outro, partilhando sorrisos, palavras, revelações, afecto, carinho. Não nos queríamos mesmo separar mas nalgum momento tinha de ser, até porque de manhã a princesa teria de partir Santo Tirso, porém, separámo-nos com a certeza de que acreditámos no que está a acontecer, de que queremos seguir em frente, e que queremos ser felizes, juntos! *.*

sábado, 9 de julho de 2011

Sempre!

Há dias que marcam, há gente que fica na história, e estes gverreiros por mim ficarão eternamente. Obrigado meu Braga por encherem em mim a certeza que serás o meu amor eterno. Obrigado por me terem feito tão feliz e viver momentos únicos.
Porém, tenho medo do futuro, por ter medo que as pessoas que só se lembram de ter ver grande te comecem a abandonar caso as coisas comecem a correr mal. Mas quero que saibas, que tal como tu nunca me abandonarás, eu nunca te abandonarei, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe.
Enfim, hoje mais uma vez, deu-me para recordar. Um verdadeiro Braguista chora ao ver este vídeo que tem a espectacularidade de associar a letra lindíssima da música a muitas imagens:

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Anjo

Acontecem coisas boas que não me saem da cabeça e nem quero que saiam. O destino prega-nos muitas rasteiras quando menos esperamos mas também tem a fantástica capacidade de nos levantar inúmeras vezes, também quando não estamos nada à espera. Hoje sinto-me eu: salto, pulo, vibro com os pensamentos intensos e saborosos que não em saem da alma, recordo vezes sem fim os momentos, as músicas, as palavras. Cada traço fixa-se na minha memória e nenhum deles quer desvanecer por entre as coisas que para mim não são só coisas.

É impressionante a velocidade com que a vida corre, voa e foge-nos por entre as mãos como um passarinho que por vezes não conseguimos controlar o bater das suas asas. Acontece o inesperado, tudo tão intenso e veloz, a incerteza vagueia no pensamento que se esconde e apodera da mente mas que é reflectido e transposto no nosso olhar, de uma maneira impossível de ocultar mais os sentimentos amarrados às entranhas do nosso coração.

O sabor está mesmo aqui, nos sentimentos e emoções que não conseguimos explicar ou expor. Mergulhado nos anseios, incertezas e dúvidas para com o próximo, sempre à espera do melhor momento para vir à superfície respirar e voltar a mergulhar. Mais saboroso ainda é quando já não é preciso voltar às profundezas do nosso eu, soltamo-nos e ficámos livres de tudo, todos e até de nós próprios, prontos para viver para o mundo à procura das novidades, do risco, da aventura. Sem medo nem receio do que estará à nossa espera, porque não sabemos, ninguém sabe, e só caminhando convictamente se saberá.

A minha fé sempre me fez acreditar que Deus iria pôr um anjo no caminho que eu não escolhi, um anjo que também encara o papel de estrela que me ilumina de dia e de noite, me abraça, me faz sorrir e se deita comigo a observar as outras estrelas menos brilhantes. Este anjo, que se apareceu no meu caminho por algum motivo foi, tem de ser preservado, aconteça o que acontecer nos momentos que o futuro nos tem reservado.
E mais importante que isso: também quero vir a ser um anjo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Filmagens

Há uns tempos, esqueci-me de dizer que numa da nossas saídas, deparámo-nos com a realização de umas filmagens no Largo do Paço, era uma grande produção cheia de luzes e outros equipamentos técnicos de rodagem de filmes. Com tal cenário fantasioso também tivemos a oportunidade de ficar a perceber como é que se faz a chuva artificial que de vez em quando vemos em produtos de ficção. Não fazíamos ideia para o que era, mas ontem (dia em que os Bracarenses Smix Smox Smux tocaram no OptimusAlive!) já fiquei a saber, pois saiu o trailer do filme da BragaCEJ2012:

Brevemente numa cidade perto de si!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estrelas

Confesso que estava um pouco ansioso por receber aquela mensagem para poder sair de casa, os minutos passavam devagar e a minha cabeça já estava cansada de contar tic tac. Estava no computador a passar tempo quando oiço o pi do meu telemóvel acompanhado de uma vibração muito pouco intensa comparada com a maneira como vibro nas emoções.

Era a indicação de que tinha de sair. O Computador demorou uma eternidade a fechar os programas abertos para eu o poder encerrar e enquanto aguardava calcei-me. Pego na chave do carro e dirijo-me ao mesmo, pelo caminho com o porta chaves vou fazendo aquele efeito castanhola que tanto gosto, ora bate num dedo, ora bate noutro e faz ricochete na borracha do meio, um som alegre só para pessoas bem dispostas. Chego ao veículo cinzento de quatro rodas alimentado pela transformação da energia química do combustível em energia mecânica e deparo-me com a falta do comando da garagem no meu bolso, fui para trás e tive de o procurar pois não sabia dele. Com tudo isto passaram 10 minutos a voar, 10 minutos que se tivessem sido há 10 minutos atrás teriam demorado psicologicamente uma eternidade muito superior a 10 minutos. 10 minutos era o tempo que eu tinha dito que demorava a deslocar-me até lá. Estava portanto, 10 minutos atrasado, e eu que odeio chegar atrasado quando está apenas uma pessoa à minha espera.

Como de costume em mim, toca a ultrapassar todos os limites de velocidade durante o percurso, qualquer dia a coisa vai correr mal com uma cartinha da PSP ou do IMTT a aparecer-me em casa. Estaciono o carro em frente ao castelo, mando a mensagem a dizer que tinha chegado e que a princesa poderia então descer. Eu que sou uma pessoa muito organizada, com tudo planeado na sua cabeça, nesta noite não fazia ideia do programa que iríamos ter, já com a  companhia no carro expliquei isto mesmo e lá me decidi por irmos até ao Bom Jesus.

A primeira coisa lá em cima a fazer, para mim e como sempre, teria de ser observar a fantástica paisagem. Era de noite e corria uma brisa fresca, os meus braços estavam frios devido à minha teimosia em não usar casaco no verão, esfregava-os com as mãos na tentativa de os aquecer, sem resultado visto que estas encontravam-se igualmente frias, sinónimo de que o coração estava quente e então não me preocupei. Preocupei-me sim foi em perguntar-lhe a noite toda se ela tinha frio, por vezes isso talvez fizesse de mim um pouco chato, todavia fiz questão de lhe explicar que era o meu instinto protector para as pessoas de quem gosto muito a falar.

Sentámo-nos numa das tranquilas e relaxantes esplanadas que neste tempo de verão costumam estar lá abertas de noite, seguiram-se as sempre animadas e deliciosas conversas espicaçadas pelas coisinhas parecidas com bolotas que iam caindo das enormes tílias que faziam questão de ser testemunhas de tão belo momento. Já estava a ficar tarde e o frio para quem apenas vestia um pólo de manga curta ia apertando cada vez mais, porém, nem isso me demoveu da ideia de subir apenas mais alguns metros até ao mais imponente miradouro do concelho de Braga, o Sameiro.

À medida que ia subindo começou a aparecer o nevoeiro, cada vez mais cerrado obrigando-me a levantar o pé do acelerador até porque não estava responsável só por mim. Já lá em cima, o choque térmico do carro para o exetrior foi enorme, mesmo assim não desistimos e fomos andando até à zona dos escadórios, local que nos trasporta para um arranha céus imaginário onde é possível observar toda uma cidade e região. Convidados pelo selêncio natural da noite num local deserto e pelo canto das folhas das àrvores agitadas pelo vento chegámos ao ponto que queríamos. Fántástico, lindo, brutal, um sem número de palavras incapazes de descrever a beleza de tamanha paisagem que eu observava na melhor companhia possível. Lembro-me de mim a tremer como se tivesse sido há uns minutos, senti um braço delicado a estender-se pelas minhas costas como gesto de quem me queria reconfortar pelo frio que eu estava a passar e retribui estendendo o meu braço no seu ombro também.

Acabou por não me reconfortar só o corpo, mas também a alma e o coração, naquele momento em que o silêncio total pairou por largos segundos enquanto observava as nuvens que aos poucos nos foram tapando tão bela paisagem repleta de luzinhas. Ali para observar as estrelas tínhamos de olhar para baixo, eram as estrelas da terra e eu tinha a mais brilhante abraçada a mim. Fechei também os olhos por breves instantes com o intuito de apenas sentir, mais nada. Descemos pela falperra, deixei a princesa em casa e fui para a minha como um homem feliz que quer guardar a sua estrela o melhor que conseguir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Facões

Tenho andado um pouco chateado comigo mesmo por não estar a conseguir vir escrever para o bandido com a frequência e qualidade(se é que alguma vez existiu) de outrora, mas sinceramente ainda bem, é um chateado bom, estou feliz, é sinal que ando ocupado com novos projectos, aventuras e pessoas, tentaram destruir a minha vida mas não conseguiram e posso dizer que agora estou melhor do que o que estava, como já disse a muita gente: há males que vêm por bem.

No sábado fomos a banhos de sol, areia, água e jogos de voleibol, mais uma vez com os ex-combatentes de Fafe, penso que já não são necessárias mais apresentações a este grupo de amigos verdadeiros em que qualquer palavra, expressão ou gesto importa como algo valioso ou cheio de graça que nos põem na mão e que temos de preservar. Quem sente, vive e partilha entende, nós entendemos porque para além disso somos unidos e únicos à nossa maneira.
Engraçado que não costuma haver sol que me pegue e este ano já vou com dois escaldões, parece que o sol anda mais perigoso, por isso há que redobrar o cuidado.

Como nós gostamos tão pouco uns dos outros, à noite estivemos juntos outra vez, fomos beber um copo ao Vila, vimos o início do concerto dos Peste&Sida e como o barulho já não deixava conversar à vontade fomos dar uma volta e parámos no Bolacha, a qualidade do atendimento daquilo tem de acompanhar a qualidade do espaço e das iguarias, sempre que lá vou demoro uma eternidade a ser atendido, tem desculpa porque abriu há pouco e nota-se alguma falta de experiência nos funcionários. Lá fomos nós atendidos passados muitos séculos, valeu que foi uma empregada muito simpática e que se pôs na treta connosco (agora percebe-se tanta demora) mandou umas piadas sêcas, foi embora e mandámos os facões ao ar para apanhar com o peito, a nova moda do gang por assim dizer. Novas maneiras de manusear facões para o "xinanço" à OMEM (sim, está bem escrito sem h) hão-de surgir fazendo-nos rir ainda mais com todas as encenações imagináveis. Ah, falta dizer que andaram novamente a pegar a noite toda (e o dia também vá) comigo, por andar sempre a sorrir para o telemóvel, gosto disso, é apenas o reflexo do meu estado de alma alegre e sorridente e é sempre bom sabe-lo.

O Bandido anda a ter bons sonhos, e agora espera ter mais um, até amanhã :)

domingo, 3 de julho de 2011

Início

Foi o início da nova época. Uma sexta de manhã, o termómetro apontava altas temperaturas, era hora de trabalho para muita gente, mas não foi por isso que as bancadas deixaram de receber milhares de fiéis e apaixonados adeptos só para verem os seus ídolos no relvado por alguns minutos de descontracção onde também foram apresentadas as caras novas.

O momento alto foi sem dúvida o deste vídeo, via-se a alegria na cara de todos os jogadores e a admiração na cara dos novos Gverreiros que ingressaram na mais valente equipa do mundo, por todo este apoio demonstrado através das gargantas afinadas cantando este já mítico hino. Eles que se habituem pois foi só um cheirinho do apoio e amor incondicional que os espera durante toda a época.


Bem vindos ao seio desta família, bem vindos ao clube mais apaixonante do mundo, bem vindos à mais encantadora cidade, bem vindos ao mais espectacular e invulgar estádio, bem vindos à mais fiel legião da história! Preparados para cerrar fileiras e novas conqvistas? Sim? Então sejam bem vindos Gverreiros do Minho!

Já estou ansioso que comecem os jogos, é como uma droga e sem isto já não sei viver!
Seguiram-se os treinos à porta aberta onde foi possível um enorme contacto entre jogadores adeptos.
Segunda feira há mais.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rápido

Na quarta foi o jantar de aniversário da best que tinha feito anos no Domingo, fim da primeira fase dos exames e assim todo o povo que quisesse vir já podia estar presente. Foi bastante agradável, divertido e deu para rever algumas pessoas que já não via há algum tempo. Decorreu na zona dos bares da UM e como estava perto, resolvi ir fazer uma surpresa àquela pessoa que já é tão importante que ontem até estivemos a falar ao telemóvel durante 3 horas e meia (coisa pouca né? até queimava!). "Prepara-te que dentro de 10 minutos estou aí" disse eu numa breve mensagem, até nem era para dizer nada mas foi só para confirmar se estava por casa e em condições de vir cá fora. Quando as pessoas são tão fantásticas e nos fazem tão bem não nos cansamos de estar com elas e foi isso que me levou a abandonar a festa por breves instantes para passar uma excelente meia horita.

Bem se diz que as coisas boas passam depressa, e pouco depois já tinha de me por a andar para ir buscar uma amiga ao trabalho para se juntar à festa, cantar os parabéns e oferecer a nossa prenda de grupo à aniversariante. Quando cheguei fui logo indirectamente "acusado" de trazer um sorriso na cara diferente do que o tinha levado quando saí, não sei porquê, mas ainda bem, é bom sinal, é preferível assim.

Ontem estive a fazer uns upgrades online, e para o fim da tarde (porque o calor já aperta em demasia) fui tratar do mais belo jardim da zona, o meu. Eheh. O meu arbusto em forma de cadeirão estava a precisar de uma aparadela valente, um dia ponho aqui uma foto desta fantástica obra de arte by bandido.
O único mal de ontem é que passaram o dia a chatear-me, já não chega todo o mal que me fizeram e parece que ainda têm o prazer de vir malhar para cima de mim, se houvesse motivo coerente no mínimo para o fazerem, mas nem isso, e fico-me por aqui pois estou completamente farto e a marimbar-me para este assunto.

Agora partilho esta letra lindíssima da música que está a tocar, que me foi dada a conhecer (porque um verdadeiro homem não vê glee.xD) por uma pessoa e eu agora dedico-a a essa mesma pessoa:

"I've been alone with you inside my mind
And in my dreams I've kissed your lips a thousand times
I sometimes see you pass outside my door
Hello, is it me you're looking for?

I can see it in your eyes
I can see it in your smile
You're all I've ever wanted, (and) my arms are open wide
'Cause you know just what to say
And you know just what to do
And I want to tell you so much, I love you ...

I long to see the sunlight in your hair
And tell you time and time again how much I care
Sometimes I feel my heart will overflow
Hello, I've just got to let you know

'Cause I wonder where you are
And I wonder what you do
Are you somewhere feeling lonely, or is someone loving you?
Tell me how to win your heart
For I haven't got a clue
But let me start by saying, I love you ...

Hello, is it me you're looking for?
'Cause I wonder where you are
And I wonder what you do
Are you somewhere feeling lonely or is someone loving you?
Tell me how to win your heart
For I haven't got a clue
But let me start by saying ... I love you"

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Canto

Ontem estive tão ocupado na segunda metade do dia que nem tempo tive de vir aqui escrever.
A meio da tarde fui até Vila Verde beber um copo com um amigo e pôr a conversa em dia, foi uma conversa bastante agradável onde recebi as sempre confortáveis palavras de apoio e pudemos falar de tudo, do passado, presente e futuro sem rodeios. Como deve de ser.

Depois segui para uma reunião em Braga com um grupo de pessoas que pretende mexer com esta cidade, estivemos a tratar dos novos projectos em mente e posso adiantar que as coisas estão bem encaminhadas. Sinto-me orgulhoso por fazer parte de um grupo de pessoas não-comodistas e que não olham só para o seu umbigo. Nesta aldeia global o trabalho não deve ser feito só em prol de um mas de todos, só com um espírito interventivo e de cooperação se consegue fazer coisas boas onde muita gente sai beneficiada, pena é que grande parte dos beneficiados não fazem uma palha para as coisas acontecerem, esperam sempre que alguém faça por eles e não procuram sequer cooperar, estamos numa sociedade muito egoísta, as coisas não caem do céu enquanto apanhámos sol numa piscina, e depois queixam-se!

No fim de jantar fui tomar um café com uma pessoa maravilhosa que conheci nos últimos tempos. Fui busca-la a casa e parámos na bela e relaxante esplanada no jardim da da Casa dos Coimbras, as horas passaram num instante escondidas por entre as conversas animadíssimas que tive com uma pessoa possuidora de uma história de vida fantástica e uma alegria contagiante demonstrada por cada bela expressão do seu sorriso espontâneo que esbarrava no meu olhar. Cada palavra que soltava com a sua voz delicada eu ouvia deliciosamente como se fosse música para os meus ouvidos, recordando a primeira vez que a ouvi cantar, há dois meses atrás. Não satisfeito implorei que cantasse para mim, a tarefa revelou-se mais difícil do que eu esperava, porém, consegui fazer com que me prometesse que o faria no carro pois aí já ninguém iria conseguir ouvir aquela fantástica voz. A noite chega ao fim e as gargalhadas soltadas ao longo da noite penso que são um perfeito reflexo de que tínhamos passado um bom bocado.

Chegámos ao carro e deixei logo bem claro que não arrancaria sem antes ela cumprir o que prometera, ficámos por lá largos minutos enquanto ela tentava disfarçar a vergonha com a sua pronúncia sem nome, a maneira como olhava, sorria e tapava a cara com as suas mão suaves deixava-me antever que afinal ainda ia ser mais difícil do que esperava, já que ela só tinha cantado a pedido individual para duas pessoas, eu seria a terceira. Eis que olho para o jardim do Largo Carlos Amarante e vejo um lindo conjunto de rosas brancas, símbolo da paz e da pureza, não resisti a sair do carro e a escolher a mais bonita para lhe oferecer. Se até aí estava envergonhada, então nesse momento em que as ofereci só não se escondeu porque o meu carro não tinha nenhum buraco. Disse-lhe que agora que lhe ofereci uma rosa não podia recusar-se a fazer o que eu tanto lhe pedira, virei o meu rosto em frente, fechei os olhos e passados alguns segundos finalmente oiço aquele belo canto vindo de uma pessoa igualmente bela, ainda por cima uma das minhas músicas favoritas, portanto não resisti a meter-me a meio da música e cantar com ela a parte final, parecia um momento digno de um filme musical.

Depois de a deixar entregue em casa, começa a tocar a música Good Life dos One Republic no rádio do meu carro e só me interessava esta parte do refrão que eu cantei bem alto:
                                             Oh, this has gotta be the good life
This has gotta be the good life


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reconstruir

Who do you think you are?

Tinha dito que ia haver uma revolução neste blogue a nível de conteúdo, se calhar exagerei no termo que apliquei porque não vai ser nenhuma revolução no verdadeiro sentido da palavra, mas sim um olhar diferente, uma outra postura, um deixar de falar em certas coisas, sobretudo deixar de falar em quem não merece o meu tempo e a mínima atenção.

Tudo isto porque ultimamente (e finalmente!) tenho pensado mais nas pessoas que me me estão a fazer bem do que nela, já não ocupa o meu pensamento. Até porque me mentalizei disto que diz a música da Adelaide Ferreira "quem perdeu, foste tu só tu e nunca eu":

Perdeu o Homem (com H grande mesmo) que a iria amar sempre e como nunca ninguém o irá fazer, perdeu a maior dedicação e entrega do mundo que era possível existir por alguma causa, perdeu quem lhe seria sempre fiel, nunca a traísse, mentisse ou enganasse, perdeu uma família e grupo de amigos fantástico, perdeu quem estivesse sempre do seu lado e a apoiasse em tudo, perdeu quem lhe fizesse as surpresas mais inesperadas e os maiores sacrifícios por ela, perdeu com certeza alguém que faria de tudo o que fosse possível só para a ver feliz. Sim, eu fiz e faria isto tudo, mas deitou fora, dois anos da minha vida perdidos portanto.

Só fica um pequeno sabor amargo na boca porque senti-me usado como nunca esperei sentir. Antes de mim, tinha uma visão diferente sobre a energia nuclear, não tinha passado por muitas experiências, pouco ligava à cultura, não ligava ao desporto, mal conhecia a cidade de Braga, não conhecia os locais por onde agora vai levar o seu namorado a passear certamente, aprendeu muito comigo e até a levantei para a vida numa altura em que precisava de todo o apoio. É como uma andorinha que andou a alimentar o seu filhote mas depois quando este ganhou asas partiu e não quis saber mais. É como um fruto que está verde, esperamos que amadureça e até está bem viçoso mas depois vamos a abrir e está todo podre por dentro. Ou então é como algum objecto descartável que quando perde a utilidade se deita fora. Mas a ingratidão é assim mesmo.

No entanto sei que não sou nada de se deitar fora, sei que valho muito e como costumo dizer a brincar e ao mesmo tempo a falar a sério: Este mundo é imperfeito de mais para mim. Mas é nele que tenho de viver, como tal, no muito espaço e liberdade que com isto tudo ganhei para viver a minha vida, fui experimentando nova vivências,  passando por novos momentos e emoções, conhecendo pessoas fantástica e o mais importante de tudo, descobrindo quem realmente me dá valor e quem são os verdadeiros amigos que me querem ver feliz e me apoiarão sempre. Descobrir que afinal ainda sou mais do que aquilo que pensava!

Não foi o caminho que escolhi, puseram-me aqui sem contar, mas ainda bem pois o dela não merece nem mereceu cruzar-se com o meu. Será nele que irei caminhar e seguir a minha vida rodeado de pessoas maravilhosas e verdadeiras que felizmente tenho. Neste caminho, no meu caminho irei ser feliz, apanhando e guardando cada pedra que encontrar pelo percurso para voltar a construir o meu castelo, onde só uma verdadeira princesa e todos os guerreiros valentes poderão viver nele.

Agora há outras coisas que me movem e me fazem feliz, é a essas coisas que me vou amarrar.

Hasta!

domingo, 26 de junho de 2011

Mega

Ontem à noite fomos ao nosso coffee semanal, apesar de não termos parado em nenhum bar ou esplanada como habitualmente. Decidimos ir aproveitar o que restava do São João e como tal fomos passeando até ao Parque da Ponte e ao PEB dar uma voltinha numa diversão da qual não me lembro o nome mas que é muito porreira.

Hoje a minha amiga de longa data faz anos, aquela pessoa que eu considero a "best" pois em tantos anos nunca me fez nada que me desiludisse, sempre me contou tudo, nunca me mentiu e sempre me apoiou quando precisei. Então tivemos a ideia de quando passasse da meia noite irmos à casa dela. Foi só confirmar se estava em casa (estava na irmã , mas fomos na mesma), sair da zona das diversões, fui buscar uma amiga que já não via há muito tempo ao trabalho enquanto os outros foram andando para a casa da irmã dela. Não foi surpresa nenhuma porque eles fizeram muito barulho, quando cheguei já ela tinha vindo à janela, apenas ficou a fingir que nada daquilo se tinha passado. Mas não interessa, o que conta foi a intenção até porque nada daquilo tinha sido planeado.
Depois fomos para o terraço da casa e ficamos a conversar e a beber pleno (não me deram mais nada!) até tarde enquanto me estavam sempre a acusar de estar sempre a sorrir para o telemóvel! O que queriam? Se tinha piada era para me rir!

Agora vejam a historinha que eu inventei num email que enviei hoje à Mega Hits só para descobrir o nome de uma música, com este momento tão romântico eles vão-se derreter todos e respondem logo. Ainda se lembram e também criam uma espécie de concurso "envia-nos o teu momento mega" que tinha de ser passado ao som de uma música que tivesse tocado na rádio. Ahahah. Só ideias. Cá vai a comédia romântica:

Boa tarde,

Antes de mais quero dar os parabéns pela rádio identificar-me como um ouvinte assíduo dos vossos excelente programas e músicas.

O motivo que me leva a enviar este email é o seguinte: na madrugada da noite de São João eu e uma rapariga começamos a namorar, estávamos dentro do carro quando demos o primeiro beijo, o rádio estava ligado como é habitual no meu carro na mega hits. 
O que acontece é que não nos lembramos da música que estava a tocar e queríamos muito saber qual era, porque ficou ligada a esse momento. Já estive no "Acabou de tocar" que vocês disponibilizam no site mas infelizmente não da para ir ao dia pretendido, só até "ontem".
Queria então pedir que me enviassem a lista das músicas que tocaram na madrugada do dia 24 entre as 5h e 6h da manhã, porque também não nos lembramos muito bem que horas eram.

Conto com a vossa ajuda.
Muito grato pela atenção.

Cumprimentos,

Luciano Duarte

Fantástico. Ai deles se não respondem com esta história tão comovente!

sábado, 25 de junho de 2011

Cancelado

Hoje não vai haver post, ou melhor, o post vai ser este. Tinha aí uma coisa preparada para esmiuçar os bichinhos anónimos que gostam de vir para aqui chatear e com faltas de respeito (porque dar a cara não é para todos) mas devido a uns acontecimentos de ultima hora e como já não tenho tempo para preparar outro não vou publicar. Devido a esse mesmo contratempo  aviso que este blog também vai levar uma revolução a nível de conteúdo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Martelinhos

Bem, foi uma longa e animada noite, estou aqui com 4 horitas de sono porque na minha freguesia este é o santo padroeiro, portanto às 10h (hora da missa aqui) já estavam a deitar foguetes e depois não consegui voltar a adormecer (tenho muitos distúrbios de sono), muita sorte que eu tenho sem dúvida!

A tarde de ontem foi deveras atribulada. Tinha tudo programado: começar por ver as notícias do dia (obrigatório para mim) sem esquecer actualizações por fóruns, blogues e rede sociais, estudar para o meu exame de segunda feira, fazer uns upgrades nos projectos online, preparar as coisas para a habitual churrascada de São João cá em casa com familiares, e obviamente preparar-me para a grande noite. No entanto meteu-se uma coisa inesperada na programação, a pessoa que mais me desiludiu em toda a minha vida pôs-se a falar para mim e acabei por não estudar quase nada. Incrível como só me fala quando os assuntos dos posts do bandido são do seu interesse e/ou relacionados consigo, ainda por cima tornou-se impossível dialogar com ela, está tão diferente e a maneira arrogante como responde leva-me a crer que nem vale a pena qualquer conversa. E ainda se acha com razão! Enfim, passando à frente que não me apetece falar mais disto...

Comi como um tordo, churrascada animada, mas era hora de ir ter com os amigos e a partir daí... Noitada de São João! What else?
Aproveitei para me armar em turista e falar inglês para as pessoas, numa de gozo"ooh, you have a very nice hammer" dizia eu. Também criámos o G-TAG que será o concorrente do GVE, enfim, aproveitar e gozar a noite ao máximo, de todas as formas possíveis e imaginárias. Terminamos a noite a dançar numa espécie de discoteca ao ar livre na rua Dr. Gonçalo Sampaio organizada pelo TCC, ambiente excelente, um avé para eles. Ah, e o grito deste ano foi o TRINTA ****!

Ontem também conheci uma rapariga fantástica, ou melhor, já nos conhecíamos de um jantar de aniversário de uma amiga minha, aproveitamos para nos ficarmos a conhecer melhor já que da outra vez pouco tínhamos falado. Depois aconteceu uma coisa que me deixou estupefacto, disse-lhe na brincadeira o meu número de telemóvel, cada algarismo era uma martelada na sua tola, no fim ela diz-me "olha, decorei o teu número" eu mandei-a repetir então, e disse-mo direitinho. No fim da noite fui leva-la a casa, e por entre as animadas conversas voltei a perguntar-lhe o número (sem eu o voltar a dizer) e ela ainda o sabia, direitinho! Decorar o número nada fácil logo na primeira e única vez que o houve, fantástico não? Eu sei como ela consegue, mas isso agora é segredo.

Ao ir para casa, foi tempo de apreciar aquele que para mim é o mais bonito tom de azul do céu, o do nascer do sol, é um azul que só o vejo raramente, quando há assim grandes noitadas, e normalmente faz-me lembrar sempre bons momentos passados com ele como pano de fundo...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

São João

Hoje fiquei incrédulo ao ver o telejornal na televisão paga por todos nós, uns 10 minutos a falar no São João do Porto e não houve sequer um segundinho que fosse para pelo menos dizer (já só peço isto) que também se festeja em Braga, o mais antigo, original e tradicional São João do país!


Posto isto, deixo aqui estas pequenas quadras feitas por mim:

Oh meu rico São João
Um novo par tu vais-me arranjar
Mas se for para partir o coração
É melhor nem começar.

Embelezas a tua cidade
com luz cor e alegria
Satisfaz esta necessidade
De ser feliz por um dia

Olha aquele manjerico
Todo pimpolho e fanfarrão
Martelinho e alho porro
Também não falham o S. João.

Já sinto o cheiro a sardinha
Assada em braza de lume brando
Dá lá o vinho da canequinha
Para ver se eu me acalmo.

Sem jeito para quadras fazer
Por aqui me vou ficar
Com vontade e sem nada temer
O São João logo vou festejar.

BOM SÃO JOÃO!

Obrigatório ler!

Braga no seu melhor (mesmo)

"Ainda há gente interessante"

A Direcção de um Agrupamento de Escolas de Braga recebeu um email proveniente de um dos seus Jardins de Infância com o seguinte texto:

“Boa tarde, Sr. Director,
Gostaria de lhe dar a conhecer um gesto altruísta da Assistente operacional D. Deolinda da EB 2,3, que esteve a substituir a funcionária doente, quando esta esteve de atestado médico.
Ela soube que um menino do JI de Gualtar não ia fazer praia pela componente de apoio à família, por motivo de a família não ter dinheiro para suportar a despesa. A sua família tem carências várias, desestruturada, pais separados e a criança tem necessidades educativas especiais, com ausência de linguagem. Então, a D. Deolinda teve a iniciativa de pedir um patrocínio num restaurante que não sei o nome, da sua zona residencial, penso eu.
O restaurante pagou em cheque 90 euros, trazido pela D. Deolinda, o qual já foi entregue na Junta de Freguesia para pagamento da referida despesa.
As docentes do JI ficaram extremamente sensibilizadas com a solidariedade e altruísmo aqui demonstrados pela D. Deolinda e o referido restaurante do seu conhecimento.
Bem hajam!”

Perante este fato, a Direcção da mesma forma sensibilizada, decidiu encaminhar o e-mail a toda a comunidade escolar, a fim de que toda a gente soubesse do acto generoso desta colega.
Claro que muitos saudaram a atitude da colega e expressaram-lhe pessoalmente e seu agrado e apoio.
O caso foi comentado em todos os espaços escolares com rasgados elogios à funcionária, salientando a sua postura e o seu grande coração, considerando o acto como uma atitude singular na sociedade egoísta e materialista em que vivemos.
Só que uma escola é um pequeno mundo, onde todos sabem de todos e, na natural coscuvilhice, no bom sentido, as colegas descobriram que a história estava mal contada.
Afinal o restaurante só havia dado 50 euros dos 90 necessários para a criança frequentar a praia. Foi a D. Deolinda que, dos seus parcos recursos, e sem fazer alarde, deu os 40 restantes.
Ao saberem disto, imediatamente se gerou um movimento espontâneo e solidário entre funcionários e professores no sentido de se cotizarem e devolverem à D. Deolinda o dinheiro que havia dispendido.
Afinal, a solidariedade não é um acto isolado e neste mundo global ainda há gente interessante. Ainda existem teresas, sidónias, fátimas, conceições, anas, zé manéis, goretis, amélias, evas, elisas, eugénias, marianas, paulas e tantos outros, que olham o seu semelhante e se preocupam com o seu vizinho. Bem hajam.

O Adjunto da Direção do AEG,
João Manuel Tinoco"

in Diário do Minho, 23 de Junho de 2011
Retirado do Blogue do Dr. Ricardo Rio.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Importância

Hoje veio falar comigo uma pessoa de Vila Verde, tive oportunidade de lhe dizer e digo-o aqui também que era a pessoa que menos esperava que viesse falar comigo para perguntar como é que eu estava, me dar apoio e que me entendesse, foi das pessoas que conheci lá com quem menos privei, no entanto preocupou-se comigo após ler o meu texto de ontem.

Enquanto que em relação às outras pessoas com quem mais convivi, até agora ainda continuo à espera de uma palavra de apoio, de consolação - até neste campo fui enganado. E aquelas pessoas que me "ameaçavam" dizendo a típica frase que se diz aos namorados das amigas "ai de ti se lhe fazes mal, tens de te a ver comigo", é pena que não tenham aplicado o mesmo ao contrário. Ou se acham que o problema é/foi meu que pelo menos me dissessem que eu é que errei ou estou errado porque até agora ainda não houve ninguém que me dissesse isso, alguma coisa deve querer dizer...

A essas pessoas que até se faziam minhas amigas e não se preocuparam nem um bocadinho que me fizessem mal durante e após todo o processo de "despedimento", só queria que parassem 30 segundos, que perdesse 30 segundos da sua feliz vida e se imaginassem na minha situação, que tentassem sentir um bocadinho da dor que estou a sentir, certamente poriam a mão na consciência logo a seguir.

Porém, eu entendo que quem nunca passou por isto não consiga entender. Estava habituado a ter a irmã que nunca tive, alguém sempre presente na minha vida e preocupada comigo, alguém com quem desse aqueles passeios maravilhosos, alguém com quem fosse de férias, alguém que me fizesse feliz. Mas perdi isso tudo, perdi a minha alma gémea, perdi a outra metade de mim, perdi porque sim. Perdi num acto de egoísmo puro como eu nunca pensei que fosse possível algum dia experimentar. E acho incrível como pode existir quem encare isto como uma coisa normal, se tudo o que me fizeram é normal, ou eu não percebo nada disto ou simplesmente estou no mundo errado, no mundo dos animais irracionais que apenas pensam em satisfazer as suas necessidades sem olhar a meios, e mesmo esses, alguns têm mais consideração.

Se afinal eu é que não percebo nada disto, gostava que me viessem dizer onde é que eu errei, se com tudo o que fiz por alguém, toda a minha entrega e dedicação a uma causa fez de mim assim tão mau namorado, amigo e irmão para merecer tamanha desconsideração, tamanho tratamento abaixo de cão e tantas machadadas nas costas.

Juro que não entendo o porquê disto tudo comigo, eu que só quero o bem das pessoas, nunca fiz mal a uma mosca, sou sempre o mais sincero possível, e às vezes prejudico-me porque penso mais em ver os outros bem do que em mim. Contudo, sei que sou forte e um dia isto vai passar, quem aguenta isto uma vez aguenta a segunda.

Não quero terminar sem antes agradecer a todos os que já se preocuparam comigo e/ou me deram alguma palavra de apoio. Não sabem o quanto isso é importante para levantar o ânimo nem que seja apenas por breves instantes.