Chego às imediações do estádio e ainda havia tempo para estar cá fora a desfrutar daquele ambiente, muitos pontos de animação mas os dois mas concorridos eram onde se encontravam as meninas da Seat bem atrevidas para tirarmos fotos com elas, eu como é óbvio e porque não se encontra todos os dias beldades daquelas (uma delas era igualzinha à Blake Lively) fui aos dois lados e lá me tiraram as fotos com a polaroid.
Junto às entradas por onde iam passar as camionetas dos jogadores concentravam-se milhares de Braguistas e portistas, nessa espera aconteceu uma excelente demonstração de fair play e desportivismo, de um lado cantava-se Porto, do outro Braga e no fim todos juntos Portugal, as músicas anti benfica também não faltaram. Porque é que o futebol não é sempre assim? Foi a festa do futebol mais animada e sem conflitos que já vi.
Passada a camioneta do ENORME é então tempo de pegar no bilhetinho mágico, fazer aquele rodar mágico do torniquete, entrar então naquele estádio mágico e sentar-me naquela cadeira mágica, onde eu iria viver todas as emoções e momentos mágicos. A nervoseira atinge o seu expoente máximo enquanto eu a tentava disfarçar entoando cânticos e apreciando aquele fantástico estádio.
Começa a cerimónia de abertura e aí começa a a emoção, não consegui conter as lágrimas, não deu, aquelas coreografias com aquela música emocionante era impossível, eu estava a viver um sonho e acho que só aí caí na realidade, pensei no quão a vida tem sido madrasta para mim mas que me estava a proporcionar aquele momento fabuloso, ainda hoje ao ver o vídeo da cerimónia me emociono, eu estava ali a viver o que eu sempre ambicionei com a restante legião, o meu Braguinha cresceu e na parte final da cerimónia em que o emblema de todo o orgulho estava a ser estendido no relvado para os olhos de todo o mundo ninguém conseguiu ficar indiferente.
O regresso a casa foi penoso, viveram-se momentos de angustia e não era difícil encontrar lágrimas nos rostos que outrora tinham a esperança de um final feliz. Na sala de embarque pairava um silêncio aterrador, com as cabeças caídas, pessoas sentadas e deitas pelos cantos, umas a dormir outras a aproveitar para comer algo, trocavam-se olhares como gestos de partilha da nossa tristeza, o voo levanta e o sonho fica, não o conseguimos trazer de volta, mas nas asas do avião regressa o orgulho por tudo o que fizemos e da maneira como nos batemos, raça, humildade, união - fomos Gverreiros.
Já em Braga, dou por mim às 4 e meia da madrugada a passar na avenida central e a descer a rua do souto sozinho até às estação para apanhar um taxi, nessa caminhada foi altura de reflexão, sentia os meus pés em ferida de tanto andar, só me apetecia parar e deitar-me num canto como um bandido sem abrigo, sentia falta de uma pessoa, do apoio e conclui que estava de volta ao mundo real, ha que enfrentar outra vez esta tempestade que anda dentro mim.
Por enquanto ainda penso muito naquilo tudo e ponho-me a recordar sem fim, nunca irei esquecer 18.05.2011, obrigado cabanasaxa por me fazeres recordar este dia:
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